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Dia Internacional da Juventude Trabalhadora
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Dia Internacional da Juventude Trabalhadora

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Escolhido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para celebrar as lutas da Juventude Trabalhadora, o 24 de abril é hoje uma data abandonada, tão desmoralizada quanto a realidade daqueles que ela deveria exaltar. Pois para a juventude precarizada, esse dia é como qualquer outro: acordar às 5h para enfrentar ônibus lotados, trabalhar por migalhas em subempregos e, à noite, tentar estudar sem energia ou tempo para aprender de verdade.

O capitalismo adoece a juventude trabalhadora

Desde o golpe de 2016 e a contrarreforma trabalhista de 2017, a ideologia neoliberal tornou-se hegemônica, aprofundando a desvalorização salarial e a precarização do trabalho. Mesmo no governo atual, que elevou minimamente o salário-mínimo e reduziu a taxa de desemprego para 6,8% em fevereiro de 2025 (em contraste com os 14,2% de 2021), esses ganhos estão mascarados por uma informalidade que atingiu 38,5% dos jovens entre 18 e 29 anos. Já que hoje, a pejotização, terceirizações e falta de vínculo são rotina para quem se vê coagido a jornadas excessivas, muitas vezes em escala 6×1, sem benefícios ou segurança social.

Essa é a expressão cruenta do capitalismo em seu estado mais puro: quanto menor o salário do trabalhador, maior o lucro do patrão. Enquanto bancos e grandes empresas batem recordes de lucro, os donos da Uber, do iFood, da Zaffari e do Carrefour enriquecem sem nunca ter calçado um par de tênis para fazer entregas ou enfrentado a exaustão de horas extras. Nosso ganha-pão seguirá sendo o nosso sofrimento — como foi o de nossos pais e como será o de nossos filhos, se não nos organizarmos.

Mas, longe de nos curvar ao pessimismo, hoje comemoramos a força da juventude que sustenta este país com suas mãos e seu suor. Pois apenas essa força, organizada e consciente, pode enfrentar a exploração e derrubar a ideologia burguesa-liberal que insiste em nos tratar como descartáveis.

Redução da jornada de trabalho já!

Nossa vida não cabe em 44, 48 ou 60 horas semanais. Reivindicamos 30 h semanais sem redução salarial para que possamos estudar, descansar e viver com dignidade.

A juventude trabalhadora não é descartável!

Enquanto estagiários, entregadores de app e trabalhadores 6×1 não estiverem organizados e lutando coletivamente, não haverá horizonte de vitória.

Você não está sozinho(a)!

A juventude que acorda às 5 h, enfrenta ônibus lotados e chega em casa exausta merece mais do que migalhas. Nossa força coletiva é capaz de exigir mudanças reais.

PELA REVOGAÇÃO DE TODAS AS CONTRARREFORMAS LIBERAIS!

FIM DAS TERCEIRIZAÇÕES E DA PRECARIZAÇÃO DOS REGIMES DE TRABALHO!

PELA JORNADA DE 30 HORAS SEM REDUÇÃO SALARIAL E POR POLÍTICAS DE PLENO EMPREGO!

Nosso futuro não será decidido em gabinetes de patrões — será construído nas ruas, nas ocupações e nas greves. Nesse Dia Internacional da Juventude Trabalhadora, organize-se na UJC!

União da Juventude Comunista (UJC)

24 de abril de 2025