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Uma vitória da ampla e diversa unidade dos lutadores!
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Uma vitória da ampla e diversa unidade dos lutadores!

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A União da Juventude Comunista, núcleo UFF, se orgulha de ter participado e saúda a vitoriosa Chapa “Nossos Sonhos Não Envelhecem”, a qual teve como maior trunfo a capacidade de aglutinar as diversas expressões políticas, culturais e ideológicas dos estudantes de História, em torno de um programa abertamente contrário às diversas formas de privatização da universidade pública, na perspectiva da construção de uma universidade efetivamente a serviço das classes populares.

A vitória deste programa político só aumenta as responsabilidades da nova gestão do CAHis. A UFF, como a maioria das universidades públicas brasileiras, vive um momento de reestruturação em prol das demandas de crescimento do capitalismo brasileiro. As conseqüências do REUNI, como a falta de professores e estrutura adequada, cursos pagos, o aumento significativo das parcerias público-privadas na universidade, são exemplos gerais do atual momento de adequação da universidade às demandas de mercado.

No curso de História estas conseqüências aparecem em questões como a pífia oferta de disciplinas para a graduação, um currículo que cada vez mais se distancia do salutar princípio de indissociabilidade entre ensino e pesquisa, além do fortalecimento de verdadeiros grupos de interesse privado dentro do Departamento de História. A eleição foi extremamente didática para todos, com relação às diversas posições políticas no interior do curso e a articulação com os interesses e projetos que perpassam pela sociedade brasileira.

Salientamos a importância do debate, e que as diferentes concepções que existem no curso tenham sido traduzidas em uma polarizada eleição. Esperamos que o debate não se reduza apenas a um processo eleitoral, mas que faça parte da construção e fortalecimento diário do CAHis no cotidiano dos estudantes.

REPUDIAMOS a postura de um GRUPO de professores, que intervieram politicamente no processo, através de argumentos preconceituosos e se colocando como portadores da verdade universal, não reconhecendo as instâncias e os fóruns próprios do movimento estudantil de História. Avaliamos que tais atitudes representam não apenas opiniões e idéias diferentes da chapa de que estivemos participando, mas sim são posturas derivadas de distintos interesses dentro da universidade. Interesses privados, muitas vezes travestidos de argumentos burocráticos, em consonância com o projeto que está em curso para a universidade e a sociedade brasileira, que, como demonstrou o resultado nas urnas, se chocam com as demandas cotidianas dos estudantes de História.

Temos a certeza de que este tipo de postura não intimidará os estudantes, professores e funcionários, realmente compromissados na defesa da universidade pública, gratuita, laica, democrática e popular. Acreditamos que o programa proposto pela chapa “Nossos Sonhos Não Envelhecem” só poderá se efetivar, através da maior aproximação do CA com os estudantes, via uma política mais intensa de comunicação, além da aliança prioritária com técnicos, professores e as diversas demandas e movimentos das classes subalternas, em defesa da educação pública e efetivamente popular.

Reafirmamos a importância da construção ampla, crítica, autônoma e combativa do CA. Neste cenário, continuaremos a prezar pelo debate franco e sincero com os estudantes e demais setores da universidade. Mesmo em tempos de desconfiança e estranheza com as formas de organização política, em grande parte derivadas do neoliberalismo e da consolidação pós-moderna nas universidades, não temos receio de nos identificarmos enquanto a  União da Juventude Comunista, uma frente do Partido Comunista Brasileiro. Perdemos muitos camaradas ao longo da história, para nos intimidarmos com provocações e insinuações reacionárias com que lidamos durante a eleição, por parte de alguns professores.

A vitória da chapa “Nossos Sonhos Não Envelhecem” é a vitória da ampla unidade —muito maior que qualquer coletivo ou organização—, entre pessoas, grupos, setores do campo popular e de esquerda, contrários ao atual processo de entrelaçamento da universidade com os interesses do grande capital. Teremos um árduo trabalho para ecoar em nosso curso e universidade, não somente o grito dos estudantes de História, mas os anseios e demandas da grande maioria da população brasileira.

VIVA A UNIDADE DOS LUTADORES!
CRIAR, CRIAR, UNIVERSIDADE POPULAR!