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III Reunião do Grupo de Trabalho Nacional de Universidade Popular – GTNUP
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III Reunião do Grupo de Trabalho Nacional de Universidade Popular – GTNUP

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Faculdade de Letras da UFG

Goiânia, dias 02, 03 e 04 de Novembro de 2012.

O movimento nacional de construção da proposta de uma Universidade Popular, impulsionado pelo I Seminário Nacional sobre a Universidade Popular realizado em Porto Alegre nos dias 02 a 04 de setembro de 2011, convida todos os militantes universitários (estudantes, professores e técnicos administrativos) e militantes do movimento popular para a III Reunião do Grupo de Trabalho Nacional da Universidade Popular, que se realizará em Goiânia, nos dias 02, 03 e 04 de Novembro de 2012.

Compreendemos ser fundamental debater os rumos da universidade brasileira hoje. O avanço da mercantilização da educação expõe um projeto dominante no país: a ânsia pelo lucro ganha força em detrimento dos direitos fundamentais do povo brasileiro, conquistados com a luta de tantas gerações. A necessidade de privatização, decorrente da precarização destes serviços essenciais, não se dá por acaso, ou por simples “incapacidade” do Estado Brasileiro em gerenciá-los, mas por um direcionamento político muito claro, vindo de fora para dentro. O eixo estruturante da transformação da educação em mais uma mercadoria, apta a ser comprada e vendida, tem como cerne a necessidade de maximizar os lucros, decorrente da ampla crise societária que em vivemos, que ora se manifesta na economia mundial.

Esse direcionamento tem manifestações muito claras: reestruturação político-pedagógica dos currículos dos cursos de graduação, subordinando as iniciativas da universidade às necessidades do mercado, em detrimento das demandas sociais, além da fragmentação do conhecimento; entrega da estrutura física e de recursos humanos públicos para a produção de ciência e tecnologia de acordo com as necessidades da iniciativa privada, o que compromete a autonomia didático-científica das universidades; uso do dinheiro público para salvar empreendimentos universitário privados; diminuição dos recursos públicos relativos a quantidade de vagas abertas nas universidades públicas, que aumenta a precarização e intensificação do trabalho, diminui a qualidade de ensino, inviabiliza a manutenção do tripé ensino-pesquisa-extensão voltado aos interesses populares e incentiva as instituições a buscar outras fontes de financiamento paralelas ao Estado; parcos mecanismos democráticos que permitam à comunidade universitária interferir nos rumos tomados pelas instituições; etc.

A formalização deste conjunto de medidas tem aparecido em decretos, medidas provisórias, leis, códigos, todos aprovados paulatinamente, de modo a ofuscar o projeto estruturante. Mas sendo o projeto hegemônico atual – o qual não concordamos – um projeto global, compreendemos a necessidade de contrapor a seu avanço um projeto igualmente global, mas identificado com as necessidades das amplas maiorias. Temos claro que a universidade brasileira está em disputa, e essa disputa passa pela elaboração de uma estratégia. Não podemos mais ficar somente na defensiva. Embora toda resistência seja fundamental, ela permanece sempre presa àquilo que é negado. É fundamental reestabelecer uma ofensiva no movimento universitário e popular. Identificamos debilidades na ausência de formulação estratégica por parte de nosso campo de forças, o que faz com que
muitas vezes sejamos absorvidos por disputas pequenas e que nem sempre acumulam para um horizonte de transformação.

Para a reorganização – de baixo para cima – do movimento universitário, desde a base, é preciso fazer com que toda e qualquer luta legítima (contra a privatização, a precarização, pela democratização, pela autonomia das instituições educacionais e das entidades sindicais e estudantis, manutenção e ampliação dos direitos estudantis, etc) acumule para a estratégia global de Universidade Popular. A III reunião do Grupo de Trabalho Nacional de Universidade Popular constitui um dos momentos em que o movimento universitário poderá debater as contradições da educação superior brasileira, bem como as alternativas de contraposição a lógica mercantilista na educação superior.

PROGRAMAÇÃO

Dia 02 de novembro, sexta-feira

19h30 – 22h00: Abertura da III reunião do Grupo de Trabalho Nacional sobre a Universidade Popular.

Debate sobre a construção do Movimento por uma Universidade Popular.

Dia 03 de novembro, sábado

9h00 – 12h00: Análise de conjuntura e balanço das lutas nas universidades brasileiras.

14h00 – 16h15: Campanhas do GTNUP:

1° eixo: “Democratizar a universidade e produzir conhecimento para o povo” + Campanha contra o PL 2177 – Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

16h30 – 18h00: Campanhas do GTNUP:

2° eixo: Campanha contra a EBSERH.

20h00: Atividade cultural.

Dia 04 de novembro, domingo

9h00 – 12h00: planejamento e organização do Grupo de Trabalho Nacional sobre a Universidade Popular