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125 Anos da Morte de José Martí, líder da independência cubana
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125 Anos da Morte de José Martí, líder da independência cubana

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“O dever urgente da nossa América é se mostrar como é, uma em alma e intenção, vencedora veloz de um passado sufocante, manchada só com o sangue de adubo que arranca às mãos a batalha com as ruínas, e a das veias furadas que nos deixaram os nossos donos.”

José Martí, Nuestra América/Nossa América, p. 32, 2011.

No dia 19 de maio de 1895 nos deixava o camarada José Martí, advogado, escritor, jornalista e revolucionário que liderou o processo de independência cubana e dedicou sua vida à luta pela união e organização da América Latina no combate ao imperialismo da Espanha e Estados Unidos.

José Julián Martí Pérez nasceu no dia 28 de fevereiro de 1853, na cidade de Havana, em Cuba. Influenciado pelos ideais separatistas defendidos por Rafael Maria de Mendive, seu professor, Martí teve uma compreensão ampla sobre a exploração colonial e a luta pela independência ainda muito jovem. Em 1868, aos 15 anos, iniciou suas atividades políticas em meio à chamada Guerra dos Dez Anos, primeira luta organizada pela soberania cubana. Nesse contexto, publicou o panfleto El Diablo Cojuelo e o jornal La Patria Libre, em que defendia publicamente a independência.

Por essas atividades foi condenado ao trabalho forçado nas pedreiras e seis meses depois, em 1871, foi deportado para a Espanha. Escreveu então El presidio politico en Cuba, um manifesto em que descreve os horrores vividos nas pedreiras e defende a luta pela independência. Por esse escrito, Martí se torna reconhecido e inicia uma articulação com outros cubanos fora da ilha, fazendo com que a pauta separatista circule na imprensa espanhola. Em 1874 obtém o doutorado em Direito, Literatura, Filosofia e Letras pela Universidade de Zaragoza.

Com o fim da Guerra dos Dez Anos em 1878, José Martí retorna a Cuba, porém sofre nova deportação no ano seguinte por sua participação na chamada Guerra Chiquita também travada no sentido da conquista da soberania cubana. Vive os anos seguintes em Nova York, nos EUA e percebe com maior concretude o avanço dos ideais imperialistas norte americanos. Nesse sentido passa a formular e defender o ideal da Nuestra América, em que concebe toda a América Latina em sua unidade cultural, de identidade, de luta e de resistência contra o imperialismo.

Neste mesmo período, Martí funda o Partido Revolucionário Cubano e é eleito para a organização da luta pela independência, passando a articular o movimento. Escreve então, juntamente com o General Máximo Gómez, o Manifesto de Monticristi, onde propõe a chamada guerra sem ódio. Diante das pressões dos separatistas, a Espanha propõe soluções de conciliação e em 1878 é assinado pelos defensores da independência e pelas autoridades coloniais o pacto de Zangón, um documento que previa maior liberdade nas atividades comerciais de Cuba e a abolição da escravatura.

Entretanto, o acordo não foi cumprido pela Espanha que agiu de forma oportunista apenas buscando abafar o movimento revolucionário que estava em curso. Diante disso, José Martí retorna a Cuba em 1895 liderando um grupo de combatentes e tem início a luta armada pela independência cubana.

Martí morre em combate contra as tropas espanholas em 19 de maio de 1895 no vilarejo de Dos Ríos, seu corpo foi esquartejado e exibido à população, sendo sepultado posteriormente em Santiago de Cuba. Dois anos mais tarde, seu objetivo é alcançado com a conquista da independência cubana.

O pensamento de José Martí não foi esquecido, juntamente com o marxismo-leninismo guia a política cubana até hoje e é norteador das lutas que travamos contra o imperialismo, em defesa da soberania latino americana.

JOSÉ MARTÍ PRESENTE HOJE E SEMPRE!