Home Movimento Negro Nota Política da UJC RJ – MOÏSE MUGENYI, PRESENTE!
Nota Política da UJC RJ – MOÏSE MUGENYI, PRESENTE!

Nota Política da UJC RJ – MOÏSE MUGENYI, PRESENTE!

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No dia 24 de janeiro Moïse Mugenyi Kabagambe, um jovem trabalhador negro de 24 anos e de origem congolesa, foi brutalmente espancado e assassinado ao cobrar de seus patrões o pagamento de diárias atrasadas de seu trabalho no quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca. Sabemos bem a quem mais se dirigem essas recorrentes ações de linchamentos e violência racial e de classe! A União da Juventude Comunista (UJC) se coloca em solidariedade de classe aos amigos e familiares de Moïse, como também atuará firmemente na organização e na mobilização para as lutas que cobram a investigação sobre o caso e a punição de todos os responsáveis pela morte de Moïse, desde os que o espancaram até o dono do estabelecimento que segue tendo sua identidade protegida pela polícia e pela mídia burguesa. A institucionalidade burguesa não apenas estimula como também tenta acobertar e esconder os donos de propriedades que se beneficiam desse tipo de violência racista e xenófoba no cotidiano do nosso país!

Longe de acharmos que a punição dos responsáveis diretos pela brutalidade cometida resolverá a situação dos jovens trabalhadores negros no Rio de Janeiro e no Brasil, que tem seus direitos ao trabalho e a vida negados, ressaltamos também que o combate ao racismo e a xenofobia em nosso país deve ser uma tarefa de todos os comunistas para a construção do socialismo no Brasil. Isso assume uma ainda maior importância ante a ascensão de grupos de extrema-direita aos governos estadual e federal que precarizam nossas condições de trabalho e de vida, mas também com a disseminação de discursos eugênicos e neonazistas que já passam a atuar com estrutura associada às milícias e grupos armados em vários espaços da cidade, principalmente bairros de classe média alta, e legitimam práticas de perseguição e de linchamento a imigrantes, moradores de rua e demais setores mais oprimidos de nossa classe.

É apenas agindo da maneira mais firme no combate a esses grupos e práticas que atuam para dividir, explorar e massacrar parcelas determinadas da classe trabalhadora, principalmente os jovens negros e pobres, que poderemos destruir e superar as estruturas que sustentam todas as formas de opressão e de exploração em nosso país: as estruturas do capital!

É atuando organizada que a juventude trabalhadora poderá avançar cada vez mais nas lutas antirracistas e anticapitalistas! Por isso, convocamos a todos e todas a se somarem ao ato que ocorrerá no dia 5 de fevereiro (sábado), puxado por um conjunto de movimentos populares e da luta antirrascista junto a familiares e a comunidade congolesa no Rio, em frente ao quiosque Tropicália, às 10h da manhã, no posto 8 na Barra da Tijuca. Nos vemos na luta!

CONTRA O RACISMO, CONSTRUA O SOCIALISMO!
JUVENTUDE QUE OUSA LUTAR, CONSTRÓI O PODER POPULAR!