Jovens brasileiros denunciam “políticas anti-povo do governo de extrema-direita” de Bolsonaro
Asseguraram que vivem “uma situação muito complicada” pela postura pró-imperialista e lacaia a favor do governo dos Estados Unidos da parte do mandatário amazônico.
Texto: Romer Viera Rivas
Foto: Jonathan Manzano de Caracas para o Correo del Orinoco
Trad. Port.: Gabriel Lazzari
Entre os objetivos que se colocam Lígia Fernandes e Gabriel Colombo, militantes da União da Juventude Comunista do Brasil, para sua participação no XVIII Congresso Latino-Americano e Caribenho de Estudantes, que atualmente está sendo realizado na Venezuela, se destaca denunciar as “políticas anti-povo impulsionadas pelo governo de extrema-direita” que ostenta o poder político na nação sul-americana.
Durante uma visita à sede do Correo del Orinoco, asseguraram que o povo brasileiro vive “uma situação muito complicada” por causa da postura pró-imperialista e lacaia a favor do governo dos Estados Unidos por parte do presidente Jair Bolsonaro.
Consideram que a recuperação de governos neoliberais e de extrema-direita no continente é parte de um fenômeno internacional “e faz parte da crise do sistema capitalista.”
“Por isso acreditamos que denunciar a ofensiva que ocorre na Venezuela é muito importante para demonstrar como o imperialismo norte-americano agride os povos quando os países latino-americanos defendem sua soberania e os interesses dos trabalhadores e do povo”, opinou Lígia Fernandes, que afirma que “o grito que se ouve hoje na Venezuela é o grito de toda a América Latina”.
Os visitantes consideram necessário que a Revolução Bolivariana avance em seus objetivos: avançar na estatização dos meios de produção e na organização do Poder Popular.
Gabriel Colombo explicou como o governo de Bolsonaro avança em sua estratégia de privatização da saúde, da educação e no desmonte dos programas sociais criados para beneficiar o povo.
Nesse sentido, destacou os passos dados na Venezuela em defesa das conquistas sociais implementadas pelo comandante Hugo Chávez, que colocam a Venezuela em uma posição de vanguarda. Mesmo assim, destaca a consciência do povo venezuela em relação a seus direitos, atitutde que dificulta as ações dos EUA.
“Viemos com grandes expectativas. Queremos ver como é a realidade desse país para poder combater a narrativa hegemônica dos grandes meios de comunicação. Essa é uma oportunidade para conhecer esse país a partir da perspectiva de sua resistência frente aos ataques do imperialismo”, expressou Colombo.
SOLIDARIEDADE ESTUDANTIL
Para Hugo Rojas, integrante da Juventude Comunista da Venezuela, a grande vitória do congresso é reunir estudantes de toda a América Latina para enviar a uma só voz “uma mensagem contundente de solidariedade à Venezuela” para o mundo. Da mesma forma que “os camaradas brasileiros”, reafirmou que o povo da nação bolivariana é vítima de “um ataque polifacético” do imperialismo.
“O tema central é a unidade. (…) Temos que equiparar as forças do inimigo com uma força similar da nossa parte. É por isso que chamamos toda a juventude para se somar nessa batalha. O congresso nos mostra (…) um radiografia do que é a educação do continente, uma oportunidade que não podemos deixar de aproveitar. Na Venezuela podemos falar das conquistas estudantis no acesso à educação, algo que, no caso de outros povos do continente, é uma bandeira de luta que ainda não alcançaram. Nós, jovens venezuelanos, temos que acompanhar essa luta (…) e também organizarmo-nos internamente para não retroceder em nossas conquistas”, manifestou.