Estudantes colombianos tomam as ruas e freiam reforma do ensino superior (2)
As demandas dos jovens se ampliaram, assim como a adesão ao movimento
Várias cidades da Colômbia foram tomadas nesta quinta-feira (10/11) por centenas de milhares de estudantes que reivindicam a suspensão dos planos de reforma do ensino superior no país. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que retirará as propostas com algumas condições, mas os estudantes ampliaram as demandas e exigem mais do que somente a interrupção da reforma que, para eles, promoveria uma privatização parcial do ensino.
Em Medellín (foto) e ao menos outras 30 cidades os estudantes saíram às ruas para protestar
De acordo com o líder estudantil Jairo Rivera, membro da Mesa Ampliada Nacional Estudantil (MANE), uma reposta para a proposta do presidente será analisada no sábado (12/11). De acordo com Rivera, além do fim da reforma, os estudantes exigem a a construção de propostas alternativas e a desmilitarização dos centros educativos, assim como o respeito às mobilizações.
“Nossa marcha será pacífica e só pedimos que o governo retire definitivamente a reforma do Congresso e, com a participação de todos, construa uma nova iniciativa que favoreça os estudantes do presente e do futuro do país”, assinalou Rivera, um dia antes do que ficou conhecida como “a tomada de Bogotá”.
Efe (10/11/2011)
“Que bom é poder protestar. Pena que eu não posso”, diz cartaz de manifestante em Medellín
Só em Bogotá, capital colombiana, houve 12 manifestações diferentes que, ao final, concentraram-se no centro da cidade. De acordo com o governo, a reforma educacional vai arrecadar os fundos necessários às universidades colombianas.
*Com informações da Presidência da República da Colômbia, da emissora pública de rádio da França, RFI, do Prensa Latina e da BBC Brasil