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Camarada Amadeu Felipe, PRESENTE!
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Camarada Amadeu Felipe, PRESENTE!

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Nesta quinta-feira (03) recebemos a notícia do falecimento do camarada Amadeu Felipe, histórico militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ele morava em Londrina (PR) e estava no hospital nesses últimos dias acompanhado de sua família.

A militância do PCB Londrina compareceu ao velório prestando as devidas homenagens e condolências ao camarada e sua família, onde fizemos a entrega de uma camiseta do Partido e de uma carta.

Seguimos com a nossa admiração e respeito pelo grande camarada e assumimos o compromisso de manter o seu legado. Um militar militante que honrou a tradição do Partidão nas Forças Armadas, na intenção de construir uma instituição democrática e popular, sempre ao lado da classe trabalhadora. Que seu exemplo fortaleça sempre as novas gerações.

Saiba mais sobre a história desse grande camarada

Amadeu Felipe da Luz Ferreira nasceu em 1935 na cidade de Blumenau (SC).

Casado com Neyde Guedes da Luz, o mesmo foi pai de quatro filhos: Indaiá da Luz Moreira, Irecê da Luz, Araken da Luz e de seu querido e falecido primogênito Iberê da Luz.

Diferente da trajetória política de seu avô, Hercílio Pedro da Luz (Ex-Governador do Estado de Santa Catarina), fiel servidor da elite catarinense , Amadeu Felipe da Luz Ferreira ficou conhecido em Criciúma, em Santa Catarina, no Paraná e em todo o Brasil por se colocar ao lado da classe trabalhadora e por se afirmar como comunista: um marxista convicto.

Com a morte de seu pai quando tinha apenas 1 ano de idade, Amadeu passou a ser criado pelo seu cunhado, Josil Palmero da Costa, militar das Forças Armadas Brasileira, coronel do Exército e militante do PCB, que havia sido destacado para Blumenau para combater ideologica e repressivamente um grande núcleo nazi-fascista. Essa criação teve grande influência em sua construção política.

Do período de 1952 até 1954 Amadeu viveu na cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde militou no PCB e conheceu figuras ilustres como Oscar Niemeyer, Nelson Werneck Sodré, João Saldanha, Luis Carlos Prestes, dentre outros.

No ano de 1954, mais precisamente no dia da morte de Getulio Vargas, Amadeu chegou na cidade de Criciúma (SC) para ficar e se tornar cidadão criciumense.

A missão de Amadeu, especialista em agitação e propaganda, era dar assistência ao PCB e organizar a classe trabalhadora politicamente e por meio dos sindicatos para o enfrentamento com a elite local.

Com um automóvel “Jipe” e passando pelos bairros, Amadeu e seus camaradas conseguiam reunir na praça desta cidade mais de 3 mil mineiros, fazendo os coronéis do carvão tremerem.

Com o golpe empresarial-militar de 1964 veio a sua primeira prisão, simplesmente pelo fato de ser contra o golpe.

Em 1966 comandou a organização do primeiro movimento militar armado de resistência ao golpe, a Guerrilha do Caparaó, na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo.

A sua segunda prisão aconteceu quando da inauguração da BR 101 pelo General Médici, sendo sequestrado por militares (na denominada operação Barriga Verde, que buscou eliminar fisicamente os comunistas catarinenses) e levado para São Paulo (SP), onde foi torturado física e psicologicamente nos porões da ditadura.

Amadeu suportou a prisão por mais de quatro anos, sendo libertado somente no final da década de 1970.

Se mudando pra Londrina (PR), fez parte do Comitê Suprapartidário formado para organizar a campanha das Diretas Já, como representante do PCB.

Contribuiu decisivamente na manutenção do PCB no Paraná após o racha com os liquidacionistas que fundaram, em 1992, o Partido Popular Socialista (PPS), hoje com o nome de Cidadania.

Com mais de 50 anos de militância comunista, Amadeu Felipe da Luz Ferreira ainda teve forças para cumprir a tarefa de ser o candidato a Governador do Paraná pelo PCB nas eleições de 2010.

Mesmo debilitado fisicamente, ele cumpriu a tarefa, ajudando a recolocar o PCB no cenário político estadual, e contribuindo de forma decisiva na reconstrução revolucionária do Partidão no Paraná, enquanto Secretário Político no estado. Durante toda sua vida o camarada Amadeu manteve-se firme ao marxismo-leninismo. Nunca trocou de lado. E seguiu afirmando que o capitalismo não cairá de podre, e que o resultado da sua superação, por uma sociedade justa, fraterna e igualitária, a sociedade comunista, será fruto da luta e da organização da classe trabalhadora.

Foto: Elsa Caldeira

CAMARADA AMADEU FELIPE, PRESENTE! HOJE E SEMPRE!
TEMOS O COMPROMISSO DE HONRAR O SEU LEGADO!
PELO PODER POPULAR NO RUMO DO SOCIALISMO!