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Nota Política da UJC sobre a greve dos estudantes na UNIVASF
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Nota Política da UJC sobre a greve dos estudantes na UNIVASF

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 União da Juventude Comunista saúda e está presente na ocupação da reitoria e greve estudantil da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF).

Vivenciamos hoje um governo ilegítimo que levou ao poder um punhado de corruptos e remanescentes das mais atrasadas oligarquias através de uma manobra midiática, parlamentar e judiciária que culminou no impedimento da presidenta Dilma Rousseff.

As primeiras ações desse governo ilegítimo evidenciam seu caráter de serviçal da burguesia brasileira e do imperialismo, que pretendem que a crise do capitalismo seja jogada nas costas dos trabalhadores retirando suas conquistas e direitos sociais. Isso pode ser evidenciado na PEC 241, que irá congelar os investimentos públicos, a entrega da Petrobras ao capital estrangeiro, a reforma da previdência e a PL 257/16 que irá congelar os concursos públicos. No âmbito da educação, esses ataques reacionários contra a classe trabalhadora podem ser evidenciados na MP do Ensino Médio e no projeto de lei discutido entre Alexandre Frota e o ministro ilegítimo da educação, Mendonça Filho, que é o projeto de lei da Escola com Mordaça.

A UNIVASF está inserida nessa conjuntura de ataques constantes aos direitos dos trabalhadores e dos estudantes. Foram anunciados uma série de cortes que afetam diretamente o dia-a-dia dos estudantes. Os cortes anunciados foram no auxílio permanência, nas residências estudantis, no transporte universitário e no aumento do valor do Restaurante Universitário. Diante dessas medidas que ameaçam de maneira séria a permanência na universidade e o caráter universal da educação pública, os estudantes se mobilizaram para ocupar a reitoria e deflagrar greve estudantil por tempo indeterminado com a finalidade de barrar esse retrocesso e a precarização da UNIVASF.

A UJC compreende que essa série de ataques contra os estudantes da UNIVASF só será revertido através da atuação de um movimento estudantil forte, decidido e com independência de classe. Acreditamos que o movimento estudantil deve pressionar para que ocorra a abertura total do orçamento da universidade por parte da reitoria, para que se debata de maneira democrática a destinação dos recursos da universidade e para que os estudantes não sejam a categoria mais prejudicada nesse processo.

Nós compomos e impulsionamos essa greve estudantil e ocupação da reitoria por acreditar que a luta contra os cortes na assistência estudantil e pela permanência dos filhos da classe trabalhadora na universidade está diretamente ligada à luta por Universidade Popular. Entendemos que essa luta será cada vez mais vitoriosa na medida que tivermos o apoio dos docentes na UNIVASF, em especial do SINDUNIVASF-Seção do ANDES-SN, avançando para a construção da Greve Geral, pois esses cortes afetam diretamente o caráter público, gratuito e universal da educação.

Não a PEC 241!
Nenhum direito a menos!

Os estudantes e trabalhadores não podem pagar pela crise!
Rumo a Greve Geral!