As eleições municipais de 2024 evidenciam o avanço da direita e extrema-direita, com destaque para o predomínio desses grupos no executivo e legislativo das capitais, enquanto a esquerda sofre um declínio preocupante. Partidos como o PT e o PSOL enfrentam dificuldades para reverter sua perda de influência, enquanto estratégias populistas fortalecem a direita. O aumento da abstenção reflete o descontentamento popular com as limitações da democracia burguesa, e a ausência de um projeto classista e combativo enfraquece a mobilização das massas. Frente a esse cenário, propomos a necessidade urgente de reorganizar a classe trabalhadora e retomar a luta por um futuro socialista.
A "Plataforma Eleitoral da UNE" para as eleições de 2024 falha em representar os interesses da classe trabalhadora e dos estudantes ao insistir na democracia formal e abdicar do Poder Popular. Ela perpetua a ordem capitalista ao tentar "corrigir" as falhas do setor privado, sem colocar no horizonte sua expropriação e a emergência da propriedade coletiva dos meios de produção, enquanto mantém a "democracia participativa" como uma farsa que não transforma as relações de poder. Mesmo com pautas como a assistência estudantil e a ampliação do acesso à educação, sem uma mobilização combativa e sem uma perspectiva radicalmente popular e revolucionária, essas propostas se tornam demagógicas. Somente uma estratégia revolucionária, focada no Poder Popular e na expropriação dos monopólios, pode realmente enfrentar o sistema capitalista e construir uma alternativa real para a juventude e a classe trabalhadora.
Diante das eleições municipais de 2024, a juventude comunista enfrenta o desafio de combater o fascismo e o oportunismo pragmático, ao mesmo tempo em que organiza a classe trabalhadora em torno de um programa radical que visa construir o Poder Popular e avançar na luta pelo socialismo, utilizando as eleições como oportunidade para elevar a consciência de classe e fortalecer a organização política nos mais diversos espaços.