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Contra a Violência Policial: Toda Solidariedade ao Território do Bem
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Contra a Violência Policial: Toda Solidariedade ao Território do Bem

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A União da Juventude Comunista (UJC), por meio de sua Coordenação Estadual do Espírito Santo, manifesta seu total repúdio ao episódio de brutalidade policial ocorrido na noite de quinta-feira, 24 de outubro, no Território do Bem, em Vitória. Mais uma vez, a Polícia Militar atuou com agressão desmedida e tentativa de silenciamento contra moradores que lutam em defesa dos direitos humanos, como Luiz Adriano e Marly. Manifestamos nossa solidariedade às vítimas, às suas famílias e à comunidade, que resistiu e impediu que a violência se convertesse em mais um caso de extermínio.

Luiz Adriano, conhecido por seu trabalho de denúncia contra a violência policial, foi mantido dentro da viatura por horas sem acesso a atendimento médico, mesmo após sofrer agressões físicas por vários agentes. Marly, coordenadora do Centro de Referência das Juventudes (CRJ) e educadora, foi alvejada por tiros de bala de borracha e algemada enquanto tentava proteger menores de idade dos ataques da polícia. Esse episódio é mais uma prova de que o Estado tem direcionado suas forças armadas para reprimir e intimidar lideranças periféricas que lutam por uma vida digna para a população mais vulnerável.

Enquanto a Polícia Militar tenta manipular os fatos e justificar sua violência, o governador Renato Casagrande continua omisso. Essa postura evidencia o verdadeiro papel do “Estado presente”: uma política de repressão e controle sobre as favelas, mascarada de “segurança pública”, mas que, na prática, atua como um instrumento de opressão contra os mais pobres. Quando a polícia entra nas comunidades, leva pânico, violência e desrespeito: invade casas sem mandado, agride física e psicologicamente moradores, forja provas e pratica tortura e execuções sumárias. Essas operações não são casos isolados, mas fazem parte de uma estratégia mais ampla da burguesia para manter sua dominação. Quando se trata de “segurança pública”, as vítimas têm sempre o mesmo perfil: é a juventude negra e periférica. A ideologia racista da burguesia que controla o Estado utiliza o aparato policial para promover um verdadeiro genocídio da nossa juventude, disfarçado de “guerra às drogas”.

Para combater esse projeto de extermínio, é fundamental a legalização das drogas, a desmilitarização da polícia e a criação de mecanismos de controle popular sobre as forças de segurança, permitindo que as próprias comunidades debatam e definam políticas de segurança adequadas às suas realidades. Contudo, não podemos perder de vista que somente o fim do capitalismo e do abismo social gerado por esse sistema será capaz de proporcionar uma segurança pública que realmente atenda à classe trabalhadora, em vez de servir ao lucro e ao patrimônio da burguesia.

Toda solidariedade a Luiz Adriano e Marly!

Chega de violência policial! Pelo fim da Polícia Militar!

Pelo Poder Popular rumo ao socialismo!

Coordenação Estadual da União da Juventude Comunista no Espírito Santo

28 de outubro de 2024