Nota de esclarecimento da UJC e do PCB da Bahia sobre os acontecimentos no Centro Acadêmico de História da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), envolvendo indevidamente o nome da UJC em irregularidades nas políticas financeiras do Centro Acadêmico.
Conforme relatado e explicitado durante a Assembleia Extraordinária dos Estudantes de História, realizada em 19 de setembro de 2024, foi revelado que a atual gestão do CAHIS (Centro Acadêmico de História – UESB), Sankofa, firmou uma parceria financeira com o PCBR1, organização à qual pertencem alguns membros da atual gestão, que se autodenominam falsamente como UJC. No entanto, essa parceria foi conduzida de maneira unilateral e sem a devida transparência, violando o estatuto do CAHIS, especialmente no que diz respeito à inalienabilidade de seu patrimônio.
Destacamos que o investimento dos recursos na organização da “banquinha”, durante um evento na UESB, do qual não houve qualquer retorno financeiro para o CAHIS, foi feito sem o consentimento ou conhecimento total do CA. Além disso, enfatizamos que apenas os membros do PCBR (falsa UJC) que fazem parte do CAHIS estavam cientes dessa manobra, a qual colocou em risco o patrimônio da entidade; membros independentes e de outras organizações políticas que também fazem parte da gestão não foram informados.
Essa situação foi revelada tardia e somente após pressão da comunidade discente, o que demonstra a falta de compromisso da gestão com a transparência e o diálogo democrático com os estudantes.
Consideramos inaceitável que tal decisão tenha sido tomada sem a consulta às demais organizações e sem o cumprimento das normativas estatutárias, o que compromete a confiança depositada pelos discentes na atual gestão. O uso de recursos do CAHIS para cobrir despesas de terceiros, sem aprovação prévia da Assembleia, é uma afronta aos princípios de gestão transparente e responsável.
Além dessa situação, é importante salientar que as pessoas que se apresentam como militantes da UJC o fazem indevidamente. A UJC, fundada em 1927, sempre pertenceu e continuará pertencendo ao PCB, fundado em 1922. Nesse sentido, é indubitável que a integridade seja mantida, reafirmando nosso compromisso com a verdade.
Dito isso, aqueles que se autodenominam PCBR e usam indevidamente o nome da juventude do PCB romperam com o partido há mais de um ano, em um movimento desonesto e pós-moderno. Nesse processo, essas pessoas infringiram gravemente os princípios marxistas-leninistas e o centralismo-democrático da organização, apropriando-se do nome de nossa juventude, material militante e recursos financeiros em todo o país. Infelizmente, devido a essa postura questionável do PCBR, a UJC e o PCB precisam esclarecer o ocorrido em diversas situações absurdas em várias localidades de militância na Bahia e no Brasil.
Portanto, o PCB e a UJC vêm a público repudiar a atitude do PCBR, além de solidarizar-se com a situação pela qual o CAHIS UESB foi submetido. Reafirmamos nosso compromisso e transparência nas lutas, seja no movimento estudantil universitário, secundarista, de bairros ou dos jovens trabalhadores.
OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!
UJC desde 1927, juventude do PCB.
Coordenação Estadual da União da Juventude Comunista na Bahia
28 de setembro de 2024
Nota de Rodapé
- Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR): organização fracionista criada em 2023 por um grupo de ex-dirigentes do Partido Comunista Brasileiro (PCB), inicialmente sob o nome “Movimento de Reconstrução Revolucionária do PCB” (não confundir com o processo de Reconstrução Revolucionária do PCB, iniciado em 1992). Esse grupo tentou dar um golpe no PCB e na União da Juventude Comunista (UJC), convocando um congresso ilegítimo. Durante o racha, os fracionistas adotaram práticas como polêmica pública e formação de tendência interna, ambas rejeitadas pelos congressos do PCB e da UJC. Além disso, o PCBR apropriou-se indevidamente de materiais, finanças e redes sociais da UJC. Até hoje, o PCBR tenta reivindicar o nome da UJC de maneira indevida, gerando confusão entre não-militantes e organizações do campo da esquerda. Para mais informações, leia a nota “O Racha e seu Reflexo na Juventude“, da Coordenação Nacional da UJC. ↩︎