Os estudantes em EaD se tornaram maioria dos matriculados nos cursos de graduação em 2024, além do claro incentivo do governo federal aos grandes grupos educacionais, o avanço do ensino à distância é reflexo da precarização das condições de trabalho da juventude que enfrenta a escala 6x1 nos setores em que mais são empregados além da precarização do sistema de transporte público.
A Portaria nº 506 do MEC, publicada em 10 de julho de 2025 pelo ministro Camilo Santana para regulamentar o Decreto nº 12.456 de Lula (maio/2025), consolida uma política educacional que concilia com os tubarões do ensino, aprofunda a precarização do trabalho docente e institucionaliza uma visão neoliberal da educação – travestida de suposto "progresso". Longe de avançar rumo a uma Educação Popular, o novo marco do EaD reforça a mercantilização do saber, transformando universidades em linhas de montagem de diplomas e professores em operadores de plataformas digitais.
Por: Luís Fernandes* Entre os dias 14 e 18 de junho ocorreu, em Belo Horizonte, o 55º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Tratou-se do primeiro congresso após o golpe parlamentar e midiático que derrubou o governo de conciliação de classes do PT. Além disso, foi o primeiro grande espaço nacional do movimento […]