Solidariedade à Samidoun e aos Lutadores pela Causa Palestina!
Entidades sionistas tentam silenciar aqueles(as) que denunciam e se opõem ao massacre promovido em Gaza, movendo ações judiciais infundadas e acusando-os falsamente de práticas antissemitas. Esse expediente é utilizado para justificar o apoio ao genocídio em curso e às atrocidades que a ocupação israelense perpetra há décadas contra o povo palestino.
Nesse contexto, a Rede de Solidariedade aos Prisioneiros Palestinos Samidoun tem sido alvo direto de diversos ataques ao redor do mundo. Na última semana, Canadá e EUA se somaram aos países que criminalizam a Samidoun, numa clara tentativa de sufocar expressões antissionistas e anti-imperialistas. Além das medidas governamentais pró-Israel, empresas Big Techs como a Meta (dona do Instagram) derrubaram as redes sociais da Samidoun, alegando que se trata de uma organização terrorista. Não aceitaremos essa censura!
O que é a Rede de Solidariedade aos Prisioneiros Palestinos Samidoun?
A Samidoun foi fundada após a greve de fome de setembro-outubro de 2011, realizada por prisioneiros palestinos em cadeias israelenses. A organização se destaca ao expor o complexo militar sionista e suas táticas perversas, que incluem prisões arbitrárias, violações de direitos humanos, abuso sexual e humilhações sofridas por homens, mulheres e crianças palestinos atrás das grades.
No entanto, como a história do colonialismo na Palestina nos ensina, onde há violência colonial, também há resistência e luta anticolonial. Nesse sentido, uma das táticas mais avançadas de resistência popular na Palestina têm sido as greves de fome e a captura de soldados israelenses, que se mostraram eficazes para conquistar a libertação de prisioneiros palestinos – muitos deles detidos sem acusações formais.
Desde o início da operação Tempestade Al-Aqsa, testemunhamos negociações entre a resistência palestina e a entidade sionista que conquistaram a libertação de centenas de prisioneiros palestinos. Essa tem sido a principal forma dos palestinos tornarem-se livres. A luta contra a entidade sionista é fundamental para nós da UJC e do PCB, e é nesse sentido que nos somamos à construção da Samidoun e à solidariedade internacional aos prisioneiros palestinos.
Por que censurar a Rede Samidoun?
Essas ações de censura e sanção ocorrem de maneira coordenada com o genocídio em curso em Gaza, na Palestina e no Líbano, com a anuência e o apoio das maiores potências mundiais. Enquanto os “senhores das armas” lucram com o militarismo, o povo palestino persiste na organização política e na contraofensiva por um mundo livre das sanções econômicas e das agressões militares do sionismo colonial.
A censura à Samidoun faz parte de um ataque mais amplo contra a diáspora palestina, os povos árabes e todos os internacionalistas que lutam pela Palestina. Essa perseguição é uma realidade também no Brasil, onde militantes palestinos e aliados à causa palestina são perseguidos em seus locais de atuação, trabalho e até de moradia. A islamofobia e a perseguição política a esses grupos têm raízes profundas nas narrativas midiáticas ocidentais e nas instituições alinhadas aos interesses sionistas e do Norte Global, que buscam desestimular qualquer posicionamento político ou espiritual fora do paradigma colonial.
Nós, da União da Juventude Comunista, juventude do Partido Comunista Brasileiro, expressamos nossa total solidariedade aos povos palestino, libanês e iemenita. Estamos mobilizados em todo o Brasil para exigir o fim do genocídio e do Estado de Israel. É nosso dever denunciar e pressionar pelo rompimento das relações que o governo brasileiro mantém com o imperialismo sionista, incluindo a venda de quase 10% do petróleo que abastece a máquina de guerra israelense. Além disso, nossas Forças Armadas continuam comprando armamentos e equipamentos usados para oprimir a classe trabalhadora no Brasil, seja nas periferias urbanas, no campo ou nas comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais.
Acreditamos que o fim das relações comerciais e diplomáticas com Israel aumenta a pressão internacional por um cessar-fogo imediato na região. Hoje, lembramos todos os mártires cujas vidas foram interrompidas pela violência, garantindo que nenhum deles seja esquecido. Nosso compromisso é com a causa e a resistência palestina, enquanto denunciamos a hipocrisia do Ocidente, cúmplice desse genocídio.
Sabemos que o imperialismo não cairá sozinho, e é nosso dever derrubá-lo!
Seguiremos mobilizando nossa juventude em defesa de um mundo livre do colonialismo, do capitalismo, do imperialismo e de toda forma de opressão. Que a memória dos mártires sirva como combustível para fortalecer nossa luta anti-imperialista e anticapitalista.
Nosso recado final é claro: pela liberdade dos prisioneiros palestinos nas prisões israelenses e por uma Palestina livre, soberana, multiétnica, laica e socialista, do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo.
Comissão de Assuntos de Relações Internacionais da União da Juventude Comunista
20 de outubro de 2024