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Soberania alimentar: o que é?
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Soberania alimentar: o que é?

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Soberania Alimentar, em poucas palavras, é o direito da população de ter a capacidade de produzir o que consome, sem precisar se submeter à ordem do mercado global, definindo, assim, políticas próprias e estratégias de produção, distribuição e consumo de alimentos de qualidade.

Enquanto o agronegócio visa exclusivamente ao lucro, produzindo commodities que não alimentam nosso povo e são destinadas ao mercado externo, é a agricultura familiar, com muita luta e persistência, que alimenta a maior parte da população brasileira.

Por isso, neste 16 de outubro, Dia Internacional da Soberania Alimentar, nós da União da Juventude Comunista (UJC) reforçamos a defesa de uma agricultura voltada para as necessidades dos trabalhadores, em harmonia com a terra – uma produção verdadeiramente sustentável.

Reforçamos também a defesa da agroecologia como alternativa de modelo agrícola e para além dela. A agroecologia camponesa tem um papel fundamental na recuperação de áreas degradadas, respeitando a biodiversidade e promovendo a rotação de culturas para manter a fertilidade do solo. Isso acontece porque ela é realizada com o conhecimento ancestral dos povos originários da terra, que, por séculos, souberam cultivar sem destruir e ainda preservam esses saberes.

A agricultura camponesa não se limita a preservar a terra para as futuras gerações, mas também fortalece as relações sociais e de solidariedade dentro das comunidades rurais, pois esse processo é uma forma de produção de alimentos e social para além dos marcos capitalistas.

A agroecologia também se conecta com a luta pela reforma agrária, pois depende de um acesso mais justo e coletivo à terra. O capitalismo agrário, dominado pelo agronegócio e por corporações transnacionais criminosas, promove a concentração de terras, a superexploração dos trabalhadores, a invasão de terras indígenas e a devastação ambiental para manter suas taxas de lucro.

Portanto, quando defendemos a agroecologia, também estamos defendendo uma nova forma de organização do espaço rural, onde a terra seja distribuída de maneira justa e usada para o bem comum, e não para o lucro de uma classe dominante. Entendemos também que essa luta está intrinsecamente ligada à emancipação da classe trabalhadora – tanto rural quanto urbana – e à construção de uma sociedade socialista.

A alternativa é a construção do Poder Popular! Apenas coletivamente conseguiremos construir esse mundo novo. Organizações como o MST, MMC, MPA e OPA estão na linha de frente na construção do Poder Popular, promovendo práticas agroecológicas e impulsionando a reforma agrária popular e socialista. É hora de fortalecer essas iniciativas e construir um futuro em que o povo seja soberano sobre sua alimentação, livre dos algozes do agronegócio!

Se o camponês não planta, a cidade não janta!

Por um Brasil sem fome, com terra para quem nela trabalha e vive!

Por soberania para todos os povos! Pelo Poder Popular rumo ao socialismo!

Comissão Nacional de Agitação e Propaganda
16 de outubro de 2025