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Repúdio à Repressão Policial na UERJ

Repúdio à Repressão Policial na UERJ

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A União da Juventude Comunista (UJC) vem, com toda firmeza, repudiar os atos brutais de repressão policial ocorridos hoje na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Ao invés de dialogar com os estudantes, a Reitoria preferiu acionar a polícia, que agiu de forma violenta, mostrando mais uma vez que o Estado está sempre disposto a usar a força contra aqueles que lutam por seus direitos. Isso só reforça como as instituições estão ao lado dos poderosos, prontas para reprimir qualquer voz que venha da classe trabalhadora.

É revoltante ver que em um lugar que deveria ser dedicado à educação e ao desenvolvimento, estudantes, muitos dos quais são os primeiros de suas famílias a chegar à universidade, foram recebidos com bombas, cassetetes e ameaças de prisão. A presença policial dentro da UERJ é uma demonstração clara de que a luta estudantil é vista como uma ameaça ao sistema. O simples ato de reivindicar educação pública e de qualidade já é tratado como crime. Isso apenas serve para manter o controle de uma elite que não quer ver os filhos dos trabalhadores ocupando esses espaços.

Hoje, testemunhamos estudantes sendo espancados e perseguidos até fora do campus, numa tentativa covarde de amedrontar e calar quem se levanta contra os cortes na educação e a precarização da universidade. A mídia, a serviço dos interesses dos ricos, fez o que sempre faz: distorceu os fatos, passando pano para a violência policial e criminalizando a justa luta dos estudantes.

Ao chamar a polícia para reprimir o movimento estudantil, a reitoria da UERJ mostra de que lado está: do lado dos ricos e do capital. Sob a desculpa de proteger o “patrimônio”, a gestão da reitora Gulnar Azevedo tenta silenciar quem está na luta contra o AEDA da fome, uma medida que está retirando auxílios de mais de 6 mil estudantes, muitos deles já em situações financeiras difíceis. Estes ataques visam, claramente, desmobilizar o movimento, mas não nos intimidarão! Nossa luta é por uma UERJ popular, acessível e comprometida com os estudantes e suas necessidades.

Condenamos a brutalidade policial, que agiu com total apoio da Reitoria, e repudiamos o papel vergonhoso da mídia sensacionalista, que tenta inverter os fatos e criminalizar os estudantes. Seguimos ao lado de cada jovem que está na linha de frente desta batalha por educação e dignidade.

Além disso, três estudantes e o deputado federal Glauber Braga foram presos de forma completamente arbitrária. Mesmo agindo pacificamente, a polícia não hesitou em prendê-los, mostrando total abuso de poder e a tentativa de intimidar quem se opõe ao autoritarismo.

Lutar não é crime! A UJC continuará firme ao lado dos estudantes na defesa de uma universidade pública, popular e democrática, para que todos, especialmente os filhos da classe trabalhadora, tenham o direito de estar nesses espaços.

ENQUANTO A PERMANÊNCIA FOR UM PRIVILÉGIO, OCUPAR SERÁ UM DIREITO!

União da Juventude Comunista – Núcleo UERJ

20 de setembro de 2024