Recife comemora os 90 anos da UJC-Brasil
Via: UJC Pernambuco
Agosto é um mês importante para a memória dos comunistas brasileiros. Há 90 anos era oficialmente fundada a Juventude Comunista do PCB. Do dia de sua primeira reunião, no bairro de Afogados (Recife), até o atual agosto que vivemos, a história cuidou de pavimentar longos e duros caminhos para essa organização, até ela se tornar o que é hoje.
O dia 12 desse mês foi de comemoração. Um projetor e uma lona deram espaço para a exibição de uma entrevista histórica de 1977 de um saudoso camarada pernambucano, nosso eterno Gregório Bezerra, falando de sua exemplar trajetória revolucionária que por todos os tempos continuará a inspirar a juventude e o povo brasileiro. Foi também o momento de lançamento local do mini-documentário “1927-2017”, que trabalha em cima dos 90 anos da Fundação e que foi produzido pela recém-organizada Brigada de Cultura da UJC-PE, que deve potencializar a atuação dos jovens comunistas no meio cultural pernambucano no próximo período.
O camarada Roberto Arrais, do Comitê Central e da Comissão Política Nacional do PCB, fez uma saudação à UJC, seguido da camarada Elvira Siqueira, militante do Partido e do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro em Pernambuco. Os camaradas lembraram os heroicos comunistas do PCB que foram assassinados pelo imperialismo, pelo latifúndio e pelo capital, representados na ditadura empresarial-militar de 64, e apontaram a importância de a Juventude fortalecer a luta pelo direito à verdade e à memória desses heróis da revolução brasileira que o conservadorismo e a reação sempre vão querer apagar. Os camaradas do PSOL, do MTST, do RUA e do Comitê Popular de Direitos Humanos (CPDH) também saudaram a UJC pelos seus 90 anos.
Na ocasião, foram também homenageados os camaradas Danúbio Aguiar e Marlene Melo, que por décadas deram importantes contribuições para nosso Partido e para a causa revolucionária no Brasil. Para cada um deles foi lido um texto cuja autoria é, respectivamente, de nossos camaradas Aníbal Valença e Ivan Pinheiro, do Comitê Central, e posteriormente os camaradas homenageados deixaram sua mensagem para a nova geração de comunistas que o Partido está formando através da UJC. Danúbio e Marlene são exemplos vivos de grandes quadros que o PCB formou e a UJC tem profundo respeito pela história de luta e pela dedicação exemplar desses camaradas. Foram também lembrados os camaradas Paulo Sobral, Marco Aurélio, Graça Lima, Abner Canário e o camarada Carlão, bem como os camaradas da UJC Nicholas Domingues e Nathalia Souza, que partiram nesse ano, mas que para sempre serão uma inspiração para os comunistas do PCB e para os revolucionários brasileiros.
A tarefa de agitar a noite ficou com o grupo de rap recifense Ibura Bagdá, que em pouco tempo já conquistou grande respeito pelo trabalho de qualidade compromissado com a luta da periferia. Rafael Couto, vocalista do grupo do bairro do Ibura, saudou a iniciativa de abrir o espaço para quem produz cultura de forma independente e denunciou o descaso do governo do estado com os artistas populares locais. Na discotecagem, a tarefa ficou com Diego Rafael, do Escambo Coletivo (Paulista) e Jardel Araújo, do Coletivo Cara Preta, que agitaram a noite saindo do rap, passando pelo pop e chegando no brega noite adentro.
Assim ficou marcado o mês de fundação da UJC na cidade do Recife, há poucos quilômetros do bairro de Afogados e às margens do lendário Capibaribe, cujas margens foram ocupadas por Leôncio Basbaum e aqueles meninos buchudos e descalços que o acompanharam e aceitaram a desafiadora tarefa de organizar a juventude para construir o socialismo. A tarefa de transformar o sonho em futuro. E assim deram vida a essa longa história que hoje entra em um novo ciclo.
Por todo esse tempo, com seus devidamente reconhecidos erros e acertos, entretanto, um elemento foi constante na UJC: nosso absoluto compromisso político e ideológico com a classe operária, com o proletariado e com todos os explorados e oprimidos da sociedade brasileira, do qual nosso trabalho e o trabalho do Partido de formação de quadros revolucionários foi e é expressão concreta.
Hoje, esperamos honrar a memória de todos os camaradas que vieram antes de nós e fizeram parte dessa bela história.
Viva os 90 anos da UJC!
Viva os 95 anos do PCB!
Viva a cultura popular!
Construir a revolução socialista e emancipar a humanidade!
Secretaria Estadual de Cultura da União da Juventude Comunista/Pernambuco