
Eduardo Paes quer armar a Guarda Municipal e usar a violência contra os trabalhadores como campanha eleitoral para 2026
Na mesma semana em que as escolas do município do Rio de Janeiro são obrigadas a cancelar aulas por falta de ambientes climatizados e em que a classe trabalhadora enfrenta ônibus sem ar condicionado em temperaturas extremas, Eduardo Paes anuncia a proposta de lei de criação da Guarda Municipal Armada.
A tática utilizada pelo “prefeito da galera” é própria do fascismo e de seus representantes no Rio: utilizará a violência de Estado contra a juventude negra e o povo trabalhador da cidade em uma campanha eleitoral antecipada, visando à disputa do governo do estado em 2026. No contexto de crise do capitalismo em uma cidade como a nossa, marcada pelo racismo, terrorismo de Estado, chacinas eleitorais, pela precarização estrutural do trabalho e outras expressões brutais da luta de classes, a criação da Guarda Municipal Armada se soma às forças repressivas do estado com poder letal.
Um dos papéis da Guarda de Eduardo Paes tem sido a violência sistemática e cotidiana contra trabalhadores informais que só têm a rua para ganhar o seu sustento, como ambulantes e camelôs. Se já vemos cenas brutais de violência contra esses trabalhadores, veremos a sua intensificação e maior letalidade. Constantemente, a Guarda Municipal é também acionada para reprimir atividades culturais em territórios em que essas expressões culturais fazem da rua o seu espaço de existência. Agora, essa Guarda poderá utilizar armas de fogo contra essas atividades.
Toda a geração carioca que nasceu nos anos 90 e 2000 cresceu com um projeto extremamente articulado de fortalecimento dos braços armados do estado na capital do Rio de Janeiro: as guardas, as polícias e as milícias. Se somarmos a força bruta armada ao sucateamento, privatização e propina para benefício de pequenos grupos empresariais e famílias da política fluminense, teremos um retrato da Cidade Maravilhosa. Eduardo Paes quer uma “Polícia Militar” municipal para chamar de sua – esse é o seu verdadeiro projeto!
A população trabalhadora não aguenta mais trocar seis por meia dúzia. Precisamos construir uma alternativa à esquerda para o Rio de Janeiro que apresente um programa político de desmilitarização da segurança pública e de fortalecimento dos espaços de construção popular do governo!
ORGANIZE SUA REVOLTA NA UJC!
É NÓS POR NÓS!
Coordenação Estadual da União da Juventude Comunista no Rio de Janeiro
22 de fevereiro de 2025