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Nota de repúdio à Conivência da PM-GO a Tentativa de Assassinato Contra Matheus
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Nota de repúdio à Conivência da PM-GO a Tentativa de Assassinato Contra Matheus

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Na manhã do dia 04 de maio mais de 150 policiais militares participaram de um café da manhã em apoio e solidariedade ao capitão Sampaio, que agrediu brutalmente o estudante Mateus Ferreira, causando-lhe destruição dos ossos da face e traumatismo craniano. O evento ocorreu na Associação dos Oficiais da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (Assof-GO). Compareceram também o chefe do Estado Maior da PM, coronel Silvio Vasconcelos, e o vice-presidente da OAB-Goiás, Thales Jayme.
Em entrevista à imprensa, o tenente- coronel Alessandri da Rocha, presidente da associação, chamou Mateus de “guerrilheiro” e declarou que respalda totalmente o ato perpetrado pelo capitão Sampaio. Segundo Alessandri, “se nós não tivéssemos vândalos, terroristas, e a manifestação fosse pacífica, essa ação poderia ter sido evitada”. O tenente completou a fala dizendo que “estão usando táticas de guerrilha urbana para enfrentar a polícia militar” e que, se ele fosse o comandante na manifestação, teria agido da mesma forma.
O capitão Sampaio está afastado do policiamento nas ruas e sendo investigado num inquérito policial militar. Ontem, estudantes da UFG, por meio do DCE e do Najup (Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular) protocolaram um ofício no Ministério Público de Goiás para que Sampaio seja investigado também pela polícia civil, respondendo por tentativa de assassinato.
A União da Juventude Comunista se posiciona em total solidariedade ao Mateus e à sua família. Repudiamos frontalmente as declarações do tenente-coronel Alessandri e cobramos para que a justiça seja feita e puna criminal e civilmente o capitão Sampaio, pois as chances de o caso ser arquivado ou abrandado pela justiça militar parecem grandes. Entendemos que ações truculentas por parte da PM são consequência direta do funcionamento hierárquico e desumanizante da instituição, que molda seus quadros de modo a se tornarem máquinas frias de repressão em defesa da propriedade privada. Portanto, reiteramos nossa defesa à desmilitarização da polícia e uma remodelagem completa no conceito de policiamento e no modus operandi da instituição.