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Julian Assange Livre!
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Julian Assange Livre!

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Após mais de cinco anos de reclusão na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, o jornalista e ativista Julian Paul Assange foi finalmente libertado nesta segunda-feira. A suspensão da extradição de Assange para os Estados Unidos representa uma vitória histórica, impulsionada por organizações, partidos e ativistas que lutam pela liberdade de imprensa.

Assange é conhecido por seu papel na fundação do WikiLeaks, uma organização que publicou documentos confidenciais de governos e empresas, expondo crimes de guerra, espionagem e corrupção. Por sua atuação, ele foi perseguido por vários países, incluindo os Estados Unidos, que o acusam de espionagem.

Os Estados Unidos e seus aliados empreenderam uma intensa caçada contra ele, travando uma batalha ideológica diária para enganar os trabalhadores e encobrir as guerras, os crimes e a relação próxima entre o Estado e grandes empresas que se beneficiam dos massacres imperialistas. A extradição de Assange, portanto, abriria mais precedentes para a repressão de outros jornalistas que expõem as contradições do capital, especialmente os que trabalham para jornais populares.

A liberdade de Assange é um passo importante na luta pela liberdade de informação e pela responsabilização dos poderosos, e confirma que a luta e a mobilização internacional podem conquistar vitórias. Nós, militantes internacionalistas de todo o mundo, devemos continuar firmes em nossa luta por um jornalismo popular e independente.

Além de Assange, muitos jornalistas, ativistas e militantes que investigam diretamente o capital são mortos e ameaçados. O Brasil, por exemplo, tem um intenso histórico nesse sentido, sendo um caso recente o do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, mortos por jagunços do latifúndio ao tentarem se reunir com lideranças indígenas e comunidades ribeirinhas do Amazonas.

Em âmbito internacional, não podemos deixar de mencionar Israel, que censura, prende, tortura e mata jornalistas que denunciam o genocídio contra o povo palestino. Segundo a Committee to Protect Journalists, os israelenses foram responsáveis por 75% dos assassinatos de jornalistas.

Que o exemplo do caso de Assange nos impulsione a conquistar liberdade para os jornalistas que se tornaram presos políticos e justiça para as famílias que perderam parentes por ousarem investigar e confrontar o avanço do capital.

Lutar, criar jornalismo popular!

Abaixo o imperialismo!

Comissão Executiva Nacional da UJC

27 de junho de 2024