
Casa do Estudante Universitário da UnB sob ataque
A educação cumpre um papel extremamente importante no desenvolvimento da sociedade e, por esse motivo, é constantemente atacada e precarizada pelos setores ultraliberais que governam o Estado. A luta por uma educação popular, emancipadora e revolucionária, é uma das bandeiras mais importantes do nosso programa. Por meio da educação, fortalece-se a tensão política e a luta de classes.
A existência da Universidade de Brasília (UnB) enquanto instituição de educação pública, gratuita e de qualidade representa ainda uma vitória daqueles que lutam pelo acesso universal à educação. Nessa lógica é que a Casa do Estudante Universitário (CEU) da UnB é evidenciada como um mecanismo de permanência importantíssimo, uma vez que abriga aqueles estudantes que não possuem moradia fixa no Distrito Federal e possibilita que permaneçam na UnB sem precisarem pagar por moradia.
Todavia, nos últimos meses, os moradores da CEU vêm sofrendo diversos ataques – físicos e psicológicos –, o que tem tornado o ambiente extremamente opressivo. Muitos são os relatos sobre episódios de perseguição e violência contra estudantes, inclusive com um caso que culminou em violência policial, em que alunos foram agredidos e detidos pela Polícia Militar (PM).
Esses ataques possuem um caráter político, pois se tratam de mais um mecanismo da extrema-direita para sucatear o ensino público. Os responsáveis pelas perseguições estão articulados com os que querem tomar o espaço universitário, utilizando a narrativa de que este é “depravado” e “imoral” para justificar tais ataques. Além disso, os agressores se passam por vítimas nas redes sociais e utilizam de aparatos da justiça burguesa para tentar atingir os estudantes. Diante dessa situação, o projeto ultraliberal é claro: sucatear, deslegitimar e destruir a educação pública, visando à privatização total desse setor, que nos últimos anos tem sido alvo direto dos governos burgueses.
A hegemonização pela cultura de cooptação e apassivamento à ordem burguesa é indispensável para que o projeto seja realizado. Enquanto isso, a reitoria e os poderes institucionais da UnB permanecem inertes: nenhuma medida é tomada. Os alunos continuam vulneráveis, convivendo com o medo constante em sua moradia. A PM, que não tem legitimidade para entrar no campus, se mostra como mais um aparelho de opressão sobre os estudantes, que temem por sua integridade física e liberdade.
Aproveitando toda essa situação, a mídia burguesa instrumentaliza esses episódios de violência para intensificar o discurso liberal anti-educação, expondo as vítimas sem qualquer cuidado com a saúde física e mental delas. Dessa forma, é necessário que as organizações e movimentos sociais populares prestem total apoio e solidariedade aos moradores da CEU, pressionando a reitoria para que o grupo fascista seja afastado das imediações e a entrada da Polícia Militar seja vedada nos campi da UnB. Esse talvez seja o primeiro passo rumo a um futuro em que os estudantes que residem na CEU possam viver seu dia a dia em paz e liberdade.
Por uma UnB Popular!
Lutar, criar, Universidade Popular!
Coordenação Distrital da UJC – Distrito Federal
30 de abril de 2025