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Brasil e Peru na Luta contra o Neoliberalismo e pela Construção do Poder Popular

Após o desastre do governo golpista de Michel Temer e da conquista do poder pela extrema direita, sob a figura do genocida Jair Bolsonaro, o Brasil vive o terceiro governo de Lula da Silva. Apesar disso, ainda convivemos com os desmandos dos governos anteriores e com a tímida resposta dada pelo governo liberal de Lula. Temer e Bolsonaro congelaram os investimentos públicos e políticas sociais.

Lula, por sua vez, reformou o teto de gastos, agora chamado de arcabouço fiscal, uma política que também limita o poder de investimento do Estado para agradar bilionários e bancos. Enquanto isso, hospitais não possuem materiais médicos suficientes, e universidades enfrentam cortes de energia devido à falta de verba.

Bolsonaro reformou o ensino médio, retirando do currículo obrigatório disciplinas críticas e científicas, afastando ainda mais a juventude trabalhadora pobre de uma vaga nas universidades. Lula não revogou a reforma. A conciliação de classes é marca do presidente Lula, mas as expectativas para o terceiro governo são revoltantes. O Brasil hoje vai às ruas exigindo a extinção da jornada de trabalho 6×1, que só dá direito a um dia de descanso para o trabalhador. O governo, por sua vez, disse que este é um tema a ser tratado apenas pelos sindicatos e as empresas.

No Peru, depois de mais de 30 anos do sistema neoliberal imposto pelo governo de Alberto Fujimori, diversos setores foram afetados. Na educação, fomentou-se a criação de universidades privadas, com fins de gerar lucro e baixa qualidade acadêmica. No âmbito trabalhista, estabeleceram-se regimes laborais que restringem os direitos dos trabalhadores, como a terceirização e os Contratos Administrativos de Serviços (CAS), enquanto o país enfrenta uma taxa de informalidade superior a 70%. Na saúde, mercantilizou-se as necessidades básicas, como o tratamento de câncer através dos seguros oncológicos, e a privatização limitou o acesso da população a uma atenção médica pública, gratuita e de qualidade.

Na economia, os 10% mais ricos acumulam quase 54% da riqueza total do país. Na cultura, se incentivou o individualismo extremo e a falta de solidariedade. Atualmente, o governo de Dina Boluarte, com menos de 5% de aprovação, considerado um dos menos populares do mundo, se sustenta com o apoio do congresso, a ultradireita e as organizações criminosas que provêm de toda a corrupção, a extorsão, o assassinato de aluguel, a extração de madeira e mineração ilegais, e o narcotráfico. As jornadas nacionais de protestos, realizadas nos dias 13, 14 e 15 de novembro, são consequência da aprovação de leis que favorecem o crime organizado e das ações do congresso na aprovação da lei de tipificação do crime de “terrorismo urbano” para criminalizar protestos. Estas medidas revelam que o Estado é utilizado como instrumento de repressão contra o povo para proteger os interesses do grande capital, e não dos trabalhadores.

A JCP e a UJC estão nas ruas, nas escolas e universidades em um movimento de agitação e conscientização da nossa classe. Entendemos que só a partir do poder popular teremos resultados concretos, a tão necessária revolução que trará dignidade a toda a gente. A luta é a nossa única ferramenta e chance.

Saudamos a todos os lutadores do Brasil e do Peru!

Todo Poder ao Povo!

Até a vitória sempre!

Venceremos!

União da Juventude Comunista (UJC) e Juventud Comunista Peruana (JCP)

26 de novembro de 2024


Brasil y Peru en Lucha contra el Neoliberalismo y por la Construcción del Poder Popular

Tras el desastre del gobierno golpista de Michel Temer y la conquista del poder por la extrema derecha bajo la figura del genocida Jair Bolsonaro, Brasil vive el tercer gobierno de Lula da Silva. Sin embargo, aún convivimos con los excesos de gobiernos anteriores y con la tímida respuesta del gobierno liberal de Lula. Temer y Bolsonaro congelaron las inversiones públicas y las políticas sociales.

Lula, a su vez, reformó el techo de gasto, ahora conocido como marco fiscal, una política que también limita el poder inversor del Estado para complacer a los multimillonarios y a los bancos. Mientras tanto, los hospitales no tienen suficientes suministros médicos y las universidades enfrentan cortes de electricidad debido a la falta de presupuesto.

Bolsonaro reformó la educación secundaria, eliminando materias críticas y científicas del plan de estudios obligatorio, eliminando aún más a los jóvenes trabajadores pobres de un lugar en las universidades. Lula no revocó la reforma. La conciliación de clases es el sello distintivo del presidente Lula, pero las expectativas sobre el tercer gobierno son repugnantes. Brasil sale hoy a las calles exigiendo la extinción de la jornada laboral 6×1, que sólo da derecho a los trabajadores a un día de descanso. El gobierno, por su parte, afirmó que se trata de un tema que sólo deben abordar los sindicatos y las empresas.

En Perú, después de más de 30 años del sistema neoliberal impuesto bajo el gobierno de Alberto Fujimori, diversos sectores han sido afectados. En la educación, se fomentó la creación de universidades privadas con fines de lucro y de baja calidad académica. En el ámbito laboral, se establecieron regímenes laborales que restringen los derechos de los trabajadores, como la tercerización y los contratos administrativos de servicios (CAS), mientras el país enfrenta una tasa de informalidad superior al 70%. En la salud, se ha mercantilizado las necesidades básicas, como el tratamiento de cáncer a través de seguros oncológicos, y la privatización ha limitado el acceso de la población a una atención médica pública, gratuita y de calidad.

En la economía, el 10% más rico acumula casi el 54% de la riqueza total del país. En la cultura, se ha incentivado el individualismo extremo y la falta de solidaridad. Actualmente, el gobierno de Dina Boluarte, con menos del 5% de aprobación y considerado uno de los menos populares del mundo, se sostiene con el apoyo del congreso, la ultraderecha y las organizaciones criminales que provienen de la corrupción, la extorsión, el sicariato, la tala y minería ilegal, y el narcotráfico. Las jornadas nacionales de protesta realizadas el 13, 14 y 15 de noviembre son consecuencia de la aprobación de leyes que favorecen al crimen organizado y el impulso del congreso en la aprobación del delito de “terrorismo urbano” para criminalizar la protesta. Estas medidas revelan que el Estado es utilizado como instrumento de represión contra el pueblo para proteger los intereses de los grandes capitales, y no de los trabajadores.

JCP y UJC están en las calles, en escuelas y universidades en un movimiento para agitar y concientizar a nuestra clase. Entendemos que sólo a través del poder popular tendremos resultados concretos, la tan necesaria revolución que traerá dignidad a todos. La lucha es nuestra única herramienta y oportunidad.

¡Saludamos a todos los luchadores de Brasil y Perú!

¡Todo el poder al pueblo!

¡Hasta la victoria siempre!

¡Venceremos!

União da Juventude Comunista (UJC) y Juventud Comunista Peruana (JCP)

26 de novembro de 2024