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Boletim da UJC – Setembro/2025
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Boletim da UJC – Setembro/2025

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O 31° Grito dos Excluídos tem como tema central a Defesa da Casa Comum e tem como bandeiras o fim da escala 6×1 e a taxação dos ricos, e por meio dessa movimentação de massas, levar a campanha de Plebiscito Popular dessas bandeiras. O Grito dos Excluídos, historicamente, remonta à exclusão da população em geral na independência comemorada há mais de 200 anos no 7 de setembro; o Grito vem no contrafluxo de sentido e de ideais, já que essa suposta independência não abarcou os trabalhadores, povos nativos e a própria emancipação econômica e política do país.

Em sua história política ímpar, o Brasil foi de colônia a império e, posteriormente, a república. Dessa forma singular, foi declarada a independência do Brasil, tendo seu governante um português com os mesmos símbolos, linhagem sanguínea e mandonismo do colonizador. Já em 1889, o Brasil finalmente se torna uma república; no entanto, diferentemente de seus vizinhos latino-americanos que foram influenciados pelo bolivarianismo, o Brasil, de forma burocrática, a portas fechadas, viu a família imperial e herdeira do trono português e brasileiro sair e voltar para sua terra natal, enquanto os generais de confiança do império tomavam o poder. Toda essa movimentação ocorreu com a leniência do imperialismo, naquela época hegemonizado pelo império britânico.

Essa independência se traduziu em uma ausência total da população, mas também de uma luta armada, o que é diferente de todas as colônias da América que passaram por isso. Esse modo como foi orquestrada a independência, deixando a população no jugo do colonialismo português e na exploração britânica, fez com o que Brasil permanecesse sem emancipação e sem sua soberania nacional.

Logicamente, o passado se traduz no presente e se reflete no futuro: uma política e uma economia soberana brasileira não foi um projeto operacionalizado nem planejado para o país, sendo relegado ao colonialismo português, em primeiro momento, e posteriormente ao imperialismo, primeiro dominado pelo império britânico, e atualmente pelos EUA. Estes, em suas últimas movimentações, impuseram o aumento de tarifas e influenciaram os preços de produtos comercializados em solo nacional. Embora reafirmar e ser contra aos mandos e desmandos estadunidenses, o Brasil, sobretudo nos anos 90, optou por centralizar sua produção e escoamento em produtos agrícolas e poucos derivados, como soja e petróleo bruto, principalmente as commodities, dependendo do mercado internacional para produtos com maior teor tecnológico.

Dessa forma, limitando sua emancipação econômica e política frente aos desmandos internacionais, estando sob a tutela da conversão dólar-real. Com isso, é imprescindível pautar a soberania nacional acompanhada de uma emancipação econômica e o poder na mão dos trabalhadores. Para além disso, as bandeiras contra a escala 6×1, pela redução para 30 horas semanais sem redução salarial e a taxação dos milionários devem estar na pauta do dia.

PELO FIM DA ESCALA 6X1!
PELAS 30 HORAS SEMANAIS!
PELO PODER POPULAR!


A UJC está de volta à Diretoria da UNE!

Não é possível contar a história da União Nacional dos Estudantes (UNE) sem mencionar a UJC. Entre os fundadores da entidade estiveram diversos de nossos militantes históricos. Carregamos com honra essa trajetória e, ao mesmo tempo, atualizamos nossas bandeiras para responder às tarefas colocadas à juventude hoje, construindo nossa atuação na entidade, organizando os estudantes e disputando os rumos do movimento estudantil e da Educação com o programa da Universidade Popular.

Na última gestão da UNE, entretanto, um grupo de oportunistas que integrava a Coordenação Nacional da UJC rompeu com a unidade da nossa organização e indicou, para as cadeiras que elegemos, nomes alinhados ao grupo fracionista que mais tarde viria a fundar outro partido — ainda hoje utilizando de forma fraudulenta e ilegítima os símbolos da UJC para mascarar seu oportunismo. Por conta desse golpe, a UJC ficou dois anos afastada da Diretoria da UNE, o que dificultou, mas não impediu, nossa participação ativa e massiva nas principais lutas da Educação nesse período.

Agora, essa interrupção chega ao fim. Sem rebaixar nosso programa nem arrefecer a luta por uma Universidade Popular, construímos a chapa de oposição de esquerda para a diretoria da entidade e conquistamos a cadeira de Extensão Universitária, hoje ocupada por Thais Freitas, estudante de Serviço Social na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), militante do Movimento por uma Universidade Popular (MUP) e do PCB, e membro da Coordenação Nacional da UJC.

Esse importante espaço de articulação será utilizado para recolocar o programa da Universidade Popular no centro da UNE, pautando com firmeza a necessidade de organizar e mobilizar os estudantes por melhores condições de estudo e, ao mesmo tempo, avançar na construção de uma proposta de Reforma Universitária comprometida com esse projeto: uma universidade autônoma, radicalmente democrática, voltada à luta das classes trabalhadoras e à edificação do socialismo.


Lei da atração

Me sinto como se varias peças estivessem apontadas para mim e eu fosse o alvo vou mudar para peças de teatro porque eu nasci pro palco, abordagem de rotina eles querem tirar o meu retrato, eu tô cansado de ser revolucionário de bairro.

Eu vou pra Cuba quem sabe lá eu descubra as memórias póstumas de Brás cubas, pelo que sei meus irmãos são alvos de balística foi provado que foram acertados com balas curvas de outro preto igual a eles que estavam guerreando em disputa? precisamos quebrar essa estrutura com cultura.

Nosso povo precisa educação, alimentação, arte, esporte e lazer tiram nosso direito de viver, como vamos sobreviver?

Ultimamente tenho me armado de conhecimento são tempos difíceis, eu nasci na guerra eu sei lidar com a crise, maldito sistema que eles vê pretos morrendo é fetiche.

Minha mãe não estudou a mãe dela não estudou a vó dela também não falta de renda, tô estudando com ódio disso tudo e tentando lidar com meus problemas liberdade é o tema mas como?

Se nosso povo sofre uma escravidão mental de geração em geração veja o impacto racial veja se é normal!

Na massa carcerária a maioria são gente da gente muito preso inocente muita gente inteligente e eu?

Eu só quero que meu povo entenda que revolução com cultura é futuro, revolta sem conhecimento é lenda.

Se eu morre hoje minha parte eu fiz manterei minha raiz esperando que um dia meu povo sare essa cicatriz.

Me sinto como se várias ferros estivessem apontados pra mim igual o magneto eu vou ser rico igual o magnata, minhas rimas são imãs que atrai ouro, prata e balas.

Shaft


Ajude a UJC a construir o X CONUJC

É com muita alegria que organizamos o X Congresso Nacional da UJC, que está ocorrendo em suas Etapas de Base e Estaduais desde maio e que será concluído com a Etapa Nacional em novembro, no estado do Rio de Janeiro. Convocamos este CONUJC para fazer a necessária atualização de nossa linha política, assim como para analisar o perfil da juventude brasileira e organizar o programa de lutas para o próximo período.

Contudo, a realização deste CONUJC tem custos, e para mantermos a nossa autonomia financeira, que garante a nossa independência política, solicitamos a todos aqueles que acreditam na nossa luta que contribuam com qualquer valor para a realização do Congresso. A doação pode ser feita pelo PIX ujc.nacional@gmail.com. Ressaltamos que esses valores serão utilizados para garantir a estrutura adequada para os debates e o transporte dos camaradas de Norte a Sul do país para a Etapa Nacional. Ajude a construir a luta comunista no Brasil!