A Verdadeira Independência Virá pelo Poder Popular!
Neste 7 de setembro, o Brasil testemunhará a 30ª edição do Grito dos Excluídos, uma jornada histórica de luta que denuncia as múltiplas formas de exclusão social e opressão que persistem em nossa sociedade. Sob o mote “Todas as vidas importam, mas quem se importa?”, o Grito deste ano ecoa uma verdade profunda: a independência proclamada em 1822 foi, e ainda é, incompleta. A verdadeira independência, aquela que libertará nosso povo das amarras do imperialismo, do capitalismo e da opressão, só será alcançada por meio da construção do Poder Popular rumo ao socialismo.
Como destacou Clóvis Moura, “fizemos a Independência conservando a escravidão, e fizemos Abolição conservando o latifúndio”. Essas palavras resumem a continuidade das estruturas de dominação e exploração que ainda persistem em nossa sociedade. A luta pela verdadeira independência deve romper com essas estruturas e construir uma sociedade baseada no fim de qualquer forma de exploração e opressão.
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) e sua juventude, a UJC, se somam a essa importante data de luta e mobilização, que ocorre em diversas cidades do Brasil. Historicamente, temos construído o Grito dos Excluídos com a clareza de que ele deve ser um espaço de denúncia e resistência independente de governos e a serviço das lutas populares. É nosso dever, enquanto comunistas, garantir que o Grito continue sendo uma ferramenta de luta pela emancipação de nosso povo.
Neste sentido, a UJC, junto ao PCB e seus coletivos, mobilizará suas forças para levar às manifestações nossas bandeiras e pautas, representando os movimentos sindicais, de juventude, populares e sociais. Devemos nos unir contra o Arcabouço Fiscal e toda a política econômica do governo que se opõe aos interesses populares. Reafirmamos nossa luta contra as privatizações e em defesa das estatais e dos serviços públicos, essenciais para garantir direitos básicos a todos os brasileiros.
Exigimos o fim das escalas degradantes de trabalho e a redução da jornada para 30 horas semanais sem redução de salário, uma demanda fundamental para melhorar a qualidade de vida da classe trabalhadora. A redução da jornada contribuirá para a diminuição do desemprego e proporcionará mais tempo para nossa classe desfrutar de lazer.
Também denunciamos a violência e repressão do Estado que se abatem sobre todos aqueles que legitimamente lutam por seus direitos. Rejeitamos a militarização da segurança pública e da vida cotidiana, que apenas reforça a lógica da opressão e do controle social. Lutamos contra o machismo, o racismo, a LGBTfobia e todas as formas de preconceito e opressão que dividem e enfraquecem nossa classe.
Em defesa do meio ambiente, da saúde e da educação públicas, exigimos políticas que garantam saneamento básico e habitação digna para todos. A luta pela reforma urbana e agrária é central para a construção de um Brasil verdadeiramente independente e soberano. Em defesa dos direitos dos povos indígenas, gritamos: demarcação já! Não ao Marco Temporal!
A verdadeira independência virá da nossa luta contra aqueles que nos oprimem e exploram. Somente a construção de um novo tipo de poder, o Poder Popular, e a luta pelo socialismo garantirão a emancipação plena do nosso povo. Por isso, neste 7 de setembro, tomemos as ruas com a certeza de que a verdadeira liberdade só será conquistada por meio da nossa luta coletiva!
Avante, camaradas! A luta pela independência continua, e ela é, antes de tudo, a luta pela libertação do nosso povo da exploração capitalista e das diversas formas de opressão que este sistema putrefato nos impõe!
Pelo Poder Popular rumo ao Socialismo!
Coordenação Nacional da União da Juventude Comunista
7 de setembro de 2024