125 anos de Sandino, o General dos Homens Livres
Augusto César Sandino nasceu em 18 de maio de 1895, na pequena vila de Niquinohomo, na Nicarágua. Filho de um cafeicultor com uma de suas empregadas, passou sua infância trabalhando nas plantações de café. Em 1912, aos 17 anos, presenciou a invasão estadounidense em seu país e a morte do General Benjamin Zeledon, que enfrentou os invasores.
Em 1921, após uma briga, Sandino precisou deixar a Nicarágua. Durante 4 anos trabalhou em diversas plantações em Honduras e depois no México, onde conheceu a luta operária e se vinculou aos sindicalistas. Lá conheceu também a história da Revolução Mexicana e a resistência anti-imperialista. Em 1925 voltou à Nicaragua e começou a trabalhar em uma mina de ouro.
No mesmo ano de seu retorno, as tropas dos EUA se retiraram do país, mas diante de um golpe militar retornaram pouco depois. Junto de seus companheiros da mina, Sandino se soma as forças constitucionalistas, criando um Exército Liberal e iniciando, assim, a Guerra Constitucionalista.
Contudo, Sandino foi traído por José Maria Moncada, que assinou um acordo entreguista de rendição do exército e reconhecimento do governo conservador. Então, com apenas 29 homens inicialmente, Sandino se lançou à luta anti-imperialista e assim foi criado o Exército Defensor da Soberania Nacional, que lutou incessantemente durante 6 anos e resistiu à diversos ataques das tropas estadunidenses.
A guerra acabou oficialmente em 1933, com um acordo de paz entre EUA e a Nicarágua, mas Sandino foi traído mais uma vez pelas forças liberais, e em 1934 foi executado a mando do General Anastasia Somoza, seguindo ordens da embaixada norteamericana. Dois anos mais tarde, Somoza deu um golpe de estado e se manteve no poder por 20 anos.