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Quem disse que o comunismo morreu?
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Quem disse que o comunismo morreu?

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Otávio Dutra*

Amanhã pelas ruas

Os povos triunfantes marcharão

E ante o exército vermelho

Os poderosos irão tremer

(trecho da Jovem Guarda, música escolhida como hino da FJC)

Ao mesmo tempo que nossos corações estão explodindo de indignação e revolta pelo massacre das crianças e trabalhadores palestinos por meio do nazi-sionismo de Israel e seus aliados na União Européia e EUA, a esperança se renova ao regressar do México com a certeza que ai surge uma organização dos oprimidos sólida, de análises profundas e de intenso trabalho com o movimento operário e popular nesse país irmão. O jovem Partido Comunista de México acaba de celebrar nos dias 12, 13 e 14 de julho o congresso de fundação da Federação de Jovens Comunistas (FJC), organização juvenil que nasce através de um importante esforço unitário entre a Liga da Juventude Comunista (LJC), a Juventude Comunista Revolucionária (JCR) e outras organização de jovens revolucionários de distintas regiões do México. O congresso foi realizado na cidade de Oaxaca, no sul do país, local de histórica resistência e alto nível de organização popular. Em 2006 a cidade foi conhecida pela Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca que enfrentou e derrotou o governo do estado. Em meio a esse ambiente de rebeldia popular se formou a Federação de Jovens Comunistas.

A FJC surge como uma organização alegre, rebelde e profundamente vinculada às lutas da juventude popular do México; uma escola de jovens comunistas de teoria e, sobretudo, de prática, orientada pelo marxismo-leninismo, por uma ação organizada e coletiva junto à juventude operária, camponesa, estudantil e popular e seguindo a herança revolucionária dos guerreiros maias e astecas, de Pancho Villa e Emiliano Zapata, de Frida Kahlo e David Siqueiros, de José Guadalupe Rodrigues y Primo Tapia, dos mártires do PCM assassinados recentemente pela burguesia e seu aparato de repressão: camaradas Raimundo Velazquez, Samuel Vargas, Miguel Solano, Luis Olivares, Ana Lilia Gatica, Manuel Homobono e Antonio Velazquez presentes, hoje e sempre!

Nasce uma juventude comunista com imenso potencial de se tornar uma importante referência revolucionária para os jovens mexicanos e da Pátria Grande Latino Americana. Nasce a FJC num congresso repleto de sorrisos, solidariedade e convicção. Nasce uma juventude comunista com a cara e a diversidade do povo mexicano, de rebeldia forjada em meio a tantas opressões e miséria dos humildes. Rebeldia organizada em disciplina, criatividade e coragem. Rebeldia forjada por grandes sentimentos de amor. A União da Juventude Comunista esteve presente nesse primeiro congresso da FJC, assim como os Coletivos de Jovens Comunistas (CJC) da Espanha e a Juventude Comunista da Grécia (KNE), contribuindo humildemente para a construção dessa organização irmã e aprendendo intensamente com os jovens camaradas do México. Não temos dúvidas que a FJC e o PCM serão atores importantes para a organização e orientação do povo trabalhador mexicano na perspectiva da construção do Poder Popular e da Revolução Socialista. Caminharemos juntos nesse sentido, camaradas mexicanos, enfrentando com persistência e vitórias aos que afirmavam de boca cheia que o comunismo morreu.

Viva a Federação de Jovens Comunistas!

Viva o Partido Comunista do México!

Viva o Internacionalismo Proletário!

*Otávio Dutra, membro da Comissão de Relações Internacionais da Coordenação Nacional da UJC

Cidade do México – julho de 2014