Home Movimento Estudantil QUE TEMPOS SÃO ESSES? Reitor Anísio Brasileiro autoriza Polícia Federal a perseguir militantes do movimento estudantil no CFCH-UFPE.
QUE TEMPOS SÃO ESSES? Reitor Anísio Brasileiro autoriza Polícia Federal a perseguir militantes do movimento estudantil no CFCH-UFPE.
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QUE TEMPOS SÃO ESSES? Reitor Anísio Brasileiro autoriza Polícia Federal a perseguir militantes do movimento estudantil no CFCH-UFPE.

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No final de outubro de 2016 a Universidade Federal de Pernambuco – UFPE teve diversos campus ocupados em manifestação contra a PEC 55, também conhecida como a PEC da Morte, que naquele momento tentava congelar os recursos e investimentos em Saúde e Educação pelospróximos 20 anos. Somente na UFPE, foram onze centros ocupados em mais de dois meses. As e os ocupantes também lutavam pelo direito de ir e vir de todas as pessoas, inclusive aquelas que historicamente a universidade fecha as portas.


Diversos estudantes que participaram das ocupações, eram a primeira geração de suas famílias a entrar na universidade. Desta forma, as políticas de assistência estudantil e de investimentos na universidade pública, são fundamentais para garantir a sua permanência e o acesso à uma educação de qualidade. Além de lutar contra a PEC da Morte, a ocupação também denunciava os cortes na assistência estudantil promovida pelo reitor Anísio Brasileiro – apenas no primeiro período de 2016 mais de sete mil bolsas foram cortadas – e também se preocupava com o processo de democratização dos espaços de decisão da universidade, exigindo que o Reitor cumprisse sua promessa de campanha da Paridade, onde professores, estudantes e técnicos, teriam o mesmo poder de voz e voto nas instâncias de decisão da comunidade acadêmica.
Sabemos que esse é um passo importante, mas não somente a paridade nos dará a Universidade que queremos e lutamos! Porém, essa importante vitória viria como a principal mudança do novo estatuto aprovado por um processo estatuinte, com tiragem de delegados e discussões em vários centros, e que assim, substituiria o atual, que foi elaborado durante a ditadura militar.
É importante lembrar, que a opção política da Gestão Superior da UFPE, sempre foi buscando intimidar e cercear na marra os que ousam lutar por mudanças reais e estruturais na UFPE. Inclusive, no ano de 2013 já encaminhando processos para a Polícia Federal, na busca de perseguir estudantes que se organizam politicamente e disputam o rumo de sua universidade.
Corroborando e reafirmando o compromisso da Reitoria com a criminalização dos movimentos sociais, no início deste ano (2017), Anísio Brasileiro começou uma verdadeira caças às bruxas na UFPE. Diversos estudantes foram convocados para depor em Comissões Administrativas que averiguavam possíveis irregularidades em dois dos onze centros ocupados – CFCH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas e CAC (Centro de Artes e Comunicação).


Essa referida Comissão, já indicou pela expulsão de seis estudantes do CAC envolvidos nas ocupações e também na luta política diária da Universidade, sem que houvesse uma prova, de que qualquer um, tivesse cometido algum ato ilícito. Um nítido ataque ao Movimento Estudantil e de criminalização da organização estudantil na UFPE.


Desta forma, diversas organizações políticas de todo o país denunciaram o Estado de exceção vivido dentro da UFPE e que criminaliza estudantes que lutam para barrar a retirada de nossos direitos, que não representa somente lutar por uma parcela ou um pequeno grupo, mas por todo o povo de Pernambuco e das futuras gerações que possam integrar os espaços de uma Universidade verdadeiramente Pública.


Na noite de Segunda-Feira (11 de setembro de 2017), dois agentes da Polícia Federal, portando seus respectivos distintivos, subiram as escadas do Niate-CFCH e foram de sala em sala, em cada um dos três andares, procurando por um estudante. Professoras, Professores, Estudantes, tiveram suas aulas interrompidas pela Polícia Federal que aos gritos, como consta no depoimento dos presentes, perguntavam por Messias Martins Barbosa de Oliveira, se alguém o conhecia, se sabiam onde ele estava. Os Agentes chegaram a gritar nos corredores do prédio, perguntando aos estudantes onde eles poderiam encontrá-lo, novamente berrando seu nome completo por onde passavam e ao serem perguntados sobre essa atitude, diziam estar cumprindo uma solicitação da Reitoria da UFPE, em um comportamento bestial e sombrio, de tempos de ditadura militar.
Vários Estudantes de História e de outros cursos se juntaram no térreo do Niate-CFCH no momento em que os Policiais entregaram a intimação para o estudante e militante da UJC. A face mais cruel da sociedade em que vivemos, que é o aumento à perseguição da nossa juventude negra e pobre, a UFPE reproduz a criminalização aos movimentos organizados nos moldes do capital.


Sendo mais um estudante que se organiza e luta por um projeto de Universidade Popular, participa dos espaços de construção do movimento estudantil e por todas as questões citadas acima, reafirmamos que essa postura individualizada ao estudante, tem diversos indícios de preconceito racial e de classe.

Por isso é importante reafirmar, nenhum outro estudante envolvido nos processos teve que passar por tal nível de constrangimento e de assédio moral, por parte da UFPE. 


Sabemos que os tempos são sombrios, a perseguição aos que lutam cresce em todo país, principalmente à nossa juventude pobre e negra, tendo por exemplo, o Rafael Braga preso de forma arbitrária desde 2013 – tendo a aprovação do seu habeas corpus após uma série de negativas – por estar presente em protestos e estar portando uma garrafa de Pinho Sol, sabemos qual o compromisso deste governo ilegítimo de Michel Temer e de suas Instituições.


A União da Juventude Comunista – UJC se posiciona e lutará diariamente contra esse tipo de atitude, que criminaliza os movimentos, lutadoras e lutadores sociais e também combaterá com toda veemência as práticas opressoras de qualquer ordem, seja de cunhos racistas, machistas e lgbtfóbicas.

ABAIXO ÀS PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS NA UFPE!!

#LUTARNÃOÉCRIME

Assinam a nota:
– União da Juventude Comunista UJC Brasil
– Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
– Jornal O Poder Popular
– Unidade Classista UC
– RUA Juventude Anticapitalista
– Movimento dos Trabalhadores sem Teto MTST
– Movimento dos Pequenos Agricultores MPA
– COMUNA
– NOS – Nova Organização Socialista
– Partido Comunista Brasileiro PCB
– Márcio Morais Representante Estudantil no Conselho Superior de Transporte CSTM
– Coletivo LGBT Comunista
– Centro Popular de Direitos Humanos CPDH
– Frente Pernambucana Contra a Privatização da Saúde
– Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil FEAB
– Executiva Nacional das Estudantes de Serviço Social / ENESSO Comissão Gestora Nacional
– Movimento por uma Alternativa Independente Socialista MAIS
– Diretório Central dos Estudantes da Universidade Católica de Petrópolis
– Diretório Central dos Estudantes – UFRRJ
– DCE UFG
– DCE Livre da USP
– DCE-UFPI
– DCE-UESPI
– DCE UFF Fernando Santa Cruz
– Escambo Coletivo
– JUNTOS!
– Movimento por uma Universidade Popular MUP
– União dos Estudantes de Pernambuco UEP
– MUP Comitê Centro do Recife
– MUP Comitê Várzea
– MUP Comitê Dois Irmãos
– MUDA Direito
– Coletivo Risoflora Pulsando História
– Centro Acadêmico Florestan Fernandes UNESP Araraquara
– C.A DE HISTÓRIA UFPI
– Centro Acadêmico de Ciências Sociais CACS- PUC SP
– Centro Acadêmico de Psicologia Cecilia Coimbra UFF
– Centro Acadêmico De Filosofia – UNEB CAMPUS I
– Centro Acadêmico de Serviço Social José Paulo Netto UFRJ
– Centro Acadêmico de Pedagogia Paulo Freire UERJ
– DAFE -Diretório Acadêmico da Faculdade de Educação UFRGS
– CECS Centro de Estudantes de Ciências Sociais UFRGS
– D.A de Pedagogia Gestão Sensacional/UFPE Campus Recife
– D.A de Comunicação Social / CAA UFPE
– D.A de Pedagogia Walquiria Afonso Costa FaE UFMG
– Diretório Acadêmico de Filosofia e Teologia Dom Helder Câmara PUC MG
– D.A de História UFRPE
– União da Juventude Rebelião UJR
– Levante Popular da Juventude
– Movimento Correnteza
– Frente Base Nacional
– Aduferpe Coletivo 2012 UFRPE
– Comitê por uma Frente de Esquerda Socialista PE
– ECARE Icauã Rodrigues
– Coletivo Gambiarra Imagens
– Coletivo Antifascista FRONT/PE
– Coletivo Democracia Santacruzense
– Juventude Socialista do PDT
– CADDI UNEB Campus III – Gestão Luiz Gama
– Coletivo Antiproibicionista de Pernambuco
-D.A. Medicina Veterinária gestão 2017/18: “Nenhum direito à menos”. UFRPE campus Recife
-Coletivo Pernambucano de Residentes em Saúde
-Diretorio Acadêmico Josefa Águeda DAJA – Medicina UNICAP
– Centro Acadêmico Tasso Corrêa – CATC (UFRGS)
– Coletivo Força Tururu
– Diretório Acadêmico Historia Leonardo Candu UCP
– Centro Academico de Historia – UFF CAHIS
– Centro Acadêmico de História – UFRRJ/IM
– Diretório Acadêmico de Pedagogia – UCP
-D.A. de Farmácia Carl Scheele UFPE
Gestão 2017/2018
– Centro Academico de Economia Celso Furtado UFS
– APG Esalq USP
– Coletivo Universidade Pública em Movimento
– Centro Academico de Serviço Social Maria Anizia Goes de Araújo- CASSMAGA UFS