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Nossos gritos não cabem em um pacto com a burguesia!
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Nossos gritos não cabem em um pacto com a burguesia!

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imagemNosso pacto é com os trabalhadores e a juventude popular! Avançar nas conquistas!

Depois de mais de 20 anos, os grandes protestos de rua inflamaram-se novamente. O mundo se moveu mais depressa, possibilitando que novas e velhas contradições aparecessem de forma mais nítida. A explosão social que se passa no Brasil, tendo a juventude como protagonista, desemboca na disputa de diversos grupos e classes sociais. Ao contrário do que a grande mídia tenta impor, as manifestações não são apenas expressões da luta contra a corrupção (sem questionar as parcerias público-privadas) ou “reaparição” do povo brasileiro na vida política brasileira.

As manifestações são fruto da indignação contra o alto custo das tarifas e a baixa qualidade dos transportes públicos, contra a precarização e privatização dos serviços sociais básicos (tais como saúde e educação), contra a violência policial rotineira que atinge principalmente a população pobre e os movimentos populares, contra um sistema político representativo que não permite a participação e controle popular. Estas demandas, claramente, se chocam com a atual ordem dos governos associados e comprometidos com o empresariado e grandes monopólios.

E qual a resposta do governo Dilma para estas demandas? Um acordão com os grandes empresários. Acordão fiscal para garantir os lucros do capital. Acordão pela reforma “política” que se restringe ao âmbito eleitoral, comprometida com a governabilidade burguesa e a um congresso conservador. Acordão contra a corrupção corroborando com a visão moralista burguesa da questão, não atacando os corruptores e o poder econômico, isto é, as privatizações e parcerias público-privadas no Estado. Acordão pela mobilidade social, que em última instância, visa garantir os lucros via subsídios das empresas de ônibus, trem e metrô. Esta resposta do governo demonstra de que lado ele está e quais são as suas “versões” dos gritos que vieram das ruas. O governo não ouviu o grito das manifestações. O governo ouviu o grito dos poderosos, da grande mídia e das forças conservadoras que atrasam o país.

A União da Juventude Comunista sabe o lado que está nestas lutas. Chega de pactos para apassivar e desorganizar as lutas populares! Chega de conciliação para a garantia dos lucros da burguesia! Nosso pacto é com os trabalhadores e a juventude popular! Por isso, no próximo dia 11 participaremos ativamente da greve geral, endossando as reivindicações populares e dos trabalhadores, denunciando os ataques e o oportunismo governista, mas principalmente, apontando para a necessidade da construção do verdadeiro pacto para os trabalhadores: o poder popular.

Temos a certeza de que as atuais demandas por melhores condições de vida e trabalho das classes populares não se realizam no atual quadro de privilégios àqueles que vivem da exploração do trabalho e de grandes lucros. Compartilhando e aprendendo ombro a ombro no cotidiano e nas lutas populares e a partir das frentes comuns de atuação e luta e não apenas em entendimentos de cúpulas é que criaremos as condições para a composição de uma forte e combativa frente de anticapitalista e socialista. Neste sentido, a UJC não medirá esforços para fortalecer as manifestações populares, as assembleias e fóruns de base popular. Construindo de baixo para cima outro projeto de sociedade que não se comporta em horizontes de governabilidade, pactos e acordos com aqueles que ameaçam a humanidade. Lutamos pela superação deste sistema capitalista decadente e desumano construindo o socialismo!

Bandeiras de luta:

– Contra a precarização do trabalho! Mais direitos e condições de estudo e trabalho para a juventude e os trabalhadores!

-Chega de pactos com o empresariado! Poder ao povo trabalhador! Pela assembleia popular constituinte! Criar, criar, poder popular!

-Pela estatização do transporte coletivo, sob controle popular! Tarifa zero já! Pelo fim da dupla função!

-Educação não é mercadoria! Pelos 10 % do PIB para a educação pública já! Por uma educação crítica, criadora e popular!

-Contra a privatização da saúde! Mais investimentos no SUS! Com o SUS e para além do SUS.

-Chega de massacres e repressão! Pela desmilitarização da polícia!

-O povo não é bobo abaixo a rede globo! Contra os monopólios midiáticos! Pela democratização da mídia.

-Leilão é privatização! O Petróleo é do povo brasileiro! Pelo fim da ANP! Por um Petrobras 100% Estatal e sob controle popular!

-Cultura não é mercadoria! Pela democratização da produção e acesso dos bens culturais para a juventude!

-Unidade na luta contra o fascismo!

-Acesso universal a universidade pública já! Pelo fim do vestibular! Por uma Universidade Popular!