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NOTA DA UJC MARINGÁ EM REPÚDIO À REPRESSÃO GOVERNAMENTAL AOS/ÀS MANIFESTANTES EM CURITIBA
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NOTA DA UJC MARINGÁ EM REPÚDIO À REPRESSÃO GOVERNAMENTAL AOS/ÀS MANIFESTANTES EM CURITIBA

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O Centro Cívico de Curitiba se tornou uma grande arena em que várias categorias do funcionalismo público estadual, dentre as quais os professores e professoras estavam presentes em maior número, reuniam suas forças para lutar contra um novo ataque do Governo do Paraná. Governo que, no dia 29 de abril, redobrou a crueldade, frieza e descaso no trato com servidores e servidoras: não bastasse retomar o ataque à Previdência após as grandes mobilizações do início do ano, resolveu, dessa vez, agredir brutalmente os manifestantes com balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio e cachorros.

Olhares fixos nas imagens e ouvidos atentos às falas de deputados durante a Assembleia aumentavam violentamente o mal-estar de quem assistia aos acontecimentos. O número de vítimas aumentava ao passo que o presidente Traiano tentava a todo custo minimizar os fatos diante da imprensa, e fazer com que a votação do PL 252, que muda a composição da previdência estadual, transcorresse o mais brevemente possível.

As cenas de horror que presenciamos são nauseantes, revoltantes e extrapolam qualquer adjetivo. Mas não podemos jamais dizer que fomos surpreendidos. Não nos iludamos: violência é só o que o mundo do capital tem a nos oferecer. Uma sociedade desprovida de qualquer racionalidade, carente da mínima fagulha de humanidade, incapaz de solucionar suas próprias contradições. O ataque do governo aos servidores nada mais é do que o Estado burguês obrigando a classe trabalhadora a pagar a conta de uma crise da qual não é culpada.

À imprensa, Beto Richa mencionou professores “confrontando” policiais, disse que a truculência foi iniciada pelos manifestantes. Cinismo típico de uma pessoa que, em que pese sua arrogância, ao fim e ao cabo nada mais é do que um indigno, embora eficiente, fantoche de grandes industriais, acionistas de multinacionais, agiotas, rentistas, enfim, de todos aqueles que não trabalham e vivem de sugar o trabalho dos outros. Não podemos deixa-los impunes. Richa precisa ser punido, precisa ser execrado. Ele e, principalmente, seus senhores — a grande burguesia — não merecem nada melhor do que serem arrastados para a lata de lixo da História. Os trabalhadores que hoje ousaram lutar para manter uma vida minimamente digna merecem mais do que o que temos hoje. Merecem um mundo onde não haja lugar para os grandes exploradores nem para seus ridículos administradores — os vários Richas que fomos obrigados a aturar ao longo dos anos, em vários partidos e em vários lugares.

A União da Juventude Comunista de Maringá (UJC-Maringá) declara irrestrito apoio à classe trabalhadora que se recusou a aceitar passivamente a destruição de seus direitos, e solidariedade aos muito feridos pela truculenta força policial do governo. A batalha de hoje não foi o fim da guerra, muito pelo contrário. Sigamos juntos e juntas na luta constante para a emancipação humana e a criação de uma sociedade nova.

Ousar lutar, ousar vencer!

Estudar, criar Poder Popular!