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Cuba não é apenas livre, mas profundamente democrática
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Cuba não é apenas livre, mas profundamente democrática

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Otávio Dutra*

Não posso deixar de registrar um exemplo marcante da democracia popular cubana. Neste domingo, 03 de fevereiro, ocorreram as eleições para a Assembléia Nacional e as Assembleias Provinciais do Poder Popular em Cuba. Uma amiga, de não mais de 20 anos, acaba de ser eleita deputada da Assembléia Nacional do Poder Popular. Lisett Conde não é um caso isolado, mas uma mais entre os representantes da Federação de Estudantes Universitários – FEU no parlamento cubano. Aqui, os candidatos são indicados pelos movimentos sociais do país e não à revelia do povo, como ocorre no nosso país através das máfias dos partidos políticos da ordem. E ao contrário do que muitos pensam, o Partido Comunista de Cuba não indica candidatos e não exerce influência direta no processo eleitoral.
Além da FEU, a Assembléia Nacional do Poder Popular é composta por representantes da Central de Trabalhadores, da Federação de Mulheres, dos Comitês de Defesa da Revolução, da Associação dos Pequenos Agricultores, etc. E pasmem, todos são indicados em assembléias realizadas em cada uma dessas organizações populares e eleitos pelo voto secreto e universal do povo, sendo que a qualquer momento podem perder seu mandato caso sua base assim deseje. A candidatura de Lisett, por exemplo, foi discutida pelos estudantes universitários desde cada sala de aula, nos mais distintos cursos universitários do país. Assim como a jovem estudante de medicina do segundo ano, nenhum deputado ou deputada recebe um centavo pra exercer seu cargo, apenas o compromisso de servir como voz dos mais diversos setores sociais do país. Lisett, além do mais, é parte dos 48% de mulheres que compõe a Assembléia Popular em Cuba.
Lisett é simples e carismática, é alegre e extremamente profunda em suas idéias e convicções. Sabe que terá uma tarefa difícil daqui em diante: ser uma tribuna dos milhões de jovens universitários cubanos. E mais, usar grande parte do que seria seu tempo livre para aportar sonhos e trabalho à bela obra de 54 anos iniciada pelo triunfo da Revolução.
E assim segue Cuba, livre e profundamente democrática!
04 de fevereiro de 2013
Havana – Cuba
*Otávio Dutra é estudante de medicina da Escola Latino Americana de Medicina – ELAM em Havana e membro da Coordenação Nacional da União da Juventude Comunista – UJC.